Editorial

A novela da rodoviária

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22

Ainda se arrasta em São Luís, a reforma e gerenciamento do Terminal Rodoviário da capital. Cheia de tapumes e muitos problemas, a rodoviária de São Luís há muito deixou de ser um bom lugar para garantir a renda familiar, conforme reclamam os comerciantes que atuam no local.

Uns mais do que outros, lamentam o descaso com o terminal, que hoje parece estar às moscas. Parte da estrutura do telhado está comprometida, tanto que, após fiscalização r­ealizada no local, foram instalados andaimes e interditada parte do espaço. Fiscalização esta, não custa nada lembrar, que só foi realizada após o desabamento do teto do Ginásio Georgiana Pflueger, no Santa Cruz, há pouco mais de cinco meses.

Com os tapumes, parte do comércio ficou prejudicado, sem conseguir manter abertas suas portas, ou sem o acesso de pessoas na área onde funcionam os estabelecimentos. A obra, que deveria ser breve, até hoje não aconteceu e os prejuízos são muitos, sem ninguém que se responsabilize efetivamente por eles.

O descaso gera revolta e, não apenas por causa da reforma que não acontece e atrapalha comerciantes, mas pela falta de segurança, ausência de uma ação para revitalização do local, e principalmente pelo silêncio, quando o assunto é quando a empresa que ganhou a licitação para gerenciar o terminal, começará a atuar, já que a administradora anterior, a RMC Comércio e Serviços LTDA., dá a entender que nada mais fará ali, senão aguardar para entregar o prédio ao novo responsável.

A licitação para esse novo gerenciamento, por si só, já causou muita dor de cabeça, com sua lentidão, impasses e questões na Justiça. Ela deveria ter sido realizada desde o início do semestre, mas só começou somente no dia 6 de setembro. A ganhadora, a empresa Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico LTDA. (Sinart), ainda não se reuniu com os permissionários e tampouco começou a atuar no local.

Esta semana, a Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB) fez uma reunião com esses permissionários, para finalmente explicar como se deu o processo licitatório e que eles ainda dialogarão com os responsáveis pela nova administradora, para saber o que muda e como ficam seus contratos. Toda a transição será realizada com transparência e lisura, garantiu a MOB, sem, no entanto informar em que data a Sinart assumirá o terminal, que precisa urgentemente de gerenciamento e cuidados.

A agência afirmou um investimento de R$ 4,5 milhões será empregado na reforma e requalificação do terminal, no intuito de sanar seus problemas de infraestrutura, hidráulicos e elétricos.

Mas os comerciantes e demais permissionários aguardam ansiosos o novo desenrolar os capítulos da longa novela que se tornou a sobrevida do Terminal Rodoviário de São Luís, e ressaltam que, só acreditarão mesmo que a situação se resolva ou, pelo menos, melhore, quando a nova administração assumir o local. Eles dizem não querer mais criar expectativas, pois foi só o que fizeram nos últimos meses, sem resultados positivos e apenas muito sofrimento e prejuízos de até 80%.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.