Previdência

Reforma condena mulheres a trabalhar mais, afirma Zenaide Maia

Senadora do PROS criticou o texto da reforma da Previdência em tramitação no Congresso Nacional

Atualizada em 11/10/2022 às 12h22
(Zenaide Maia)

BRASÍLIA - A senadora Zenaide Maia (Pros-RN) criticou duramente, nesta quarta-feira (16) em Plenário, a reforma da Previdência (PEC 6/2019), que ainda terá uma sessão de discussão antes de ser votada em segundo turno pelo Senado. A parlamentar afirmou que a PEC condena grande parte das mulheres brasileiras a trabalhar mais sete anos para se aposentar com a idade mínima exigida, que, conforme o texto, passará a ser de 62 anos.

Zenaide observou que, mesmo conscientes de que a reforma não beneficiará a população, muitos parlamentares insistem em modificar a Constituição e condenar as mulheres, muitas delas chefes de família. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mencionados pela senadora, indicam que há 30,5 milhões de lares do Brasil chefiados por mulheres que ganham menos de dois salários mínimos por mês.

— O governo já admite que [a reforma da Previdência] não tira privilégios. Isso, o próprio secretário disse na Comissão de Constituição e Justiça. Não gera emprego. É uma coisa que a gente já sabia. O que esta Casa está para aprovar aqui é condená-las a passarem mais sete anos com uma jornada tripla para poderem ter uma aposentadoria — disse a senadora.

Fonte: Agência Senado

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