SÃO LUÍS - Os vigilantes que trabalham nos prédios da Universidade Federal do Maranhão (Ufma), na capital e no interior, cruzaram os braços por conta de dois meses de salários atrasados. A categoria está em greve desde o último dia 16, sendo que a ausência dos profissionais está causando uma sensação de insegurança nos campi. Em virtude da paralisação e do risco de assaltos, algumas aulas do período noturno foram canceladas.
A greve foi deflagrada após decisão do Sindicato dos Vigilantes do Maranhão (Sindivig/MA), mas a maior parte dos profissionais continua trabalhando. A entidade afirmou que aproximadamente 45% dos 180 vigilantes que trabalham nos prédios da Ufma, na capital e interior, cruzaram os braços. A paralisação está ocorrendo, além do Campus do Bacanga, nos campi da Ufma de outras cidades maranhenses, como Caxias, Imperatriz, Bacabal, Codó e Chapadinha.
“Estamos nesse impasse. Sós iremos voltar a trabalhar quando recebermos. A empresa está nos devendo dois meses de salários atrasados. Nós estamos aguardando o repasse, para ver se a empresa paga os trabalhadores e tudo seja normalizado”, declarou Daniel Pavão Rocha, presidente do Sindivig/MA. Ele disse que os vigilantes que aderiram à greve ficam concentrados de manhã na sede do Sindicato, na Rua dos Afogados, região central de São Luís.
De acordo com Daniel, somente na segunda-feira, 16, duas reuniões ocorreram entre a categoria e a Ufma, responsável pelo repasse do dinheiro à empresa de segurança privada, mas nada foi resolvido. Outro encontro foi agendado apenas com a empresa, ainda na esperança de que tudo seja solucionado.
Sensação de insegurança
Enquanto o pagamento dos salários atrasados dos vigilantes não é efetuado, os universitários e funcionários estão sofrendo com o medo de assalto e atos de vandalismo nos prédios da Ufma. No Centro de Ciências Sociais (CCSo), Campus do Bacanga, comunicados foram fixados em alguns trechos. A diretoria do CCSo informa, nesses papéis, que determinados portões ficarão fechados nos próximos dias devido à ausência dos vigilantes.
“A gente está vulnerável aqui. Não sei como isso vai ser resolvido, mas, a qualquer momento, podemos ser surpreendidos com a presença de criminosos nos corredores e até nas salas, durante as aulas. Pelo menos o vigilante intimida os bandidos”, comentou Diana Dolores, que está cursando Biblioteconomia. Outros universitários abordados pelo Jornal O Estado no Campus do Bacanga disseram que aulas foram suspensas à noite em virtude da greve dos vigilantes.
O Jornal O Estado pediu esclarecimentos da Ufma acerca da greve dos vigilantes e cancelamento das aulas no período noturno, mas a instituição não respondeu até o fechamento da edição da matéria.
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