Negociações

Trump diz que é muito cedo para reunião com chanceler do Irã

Presidente dos EUA afirmou ainda que sabia da visita do ministro das Relações Exteriores do Irã à cidade onde acontece o encontro de cúpula do G7

Atualizada em 11/10/2022 às 12h23

PARIS - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ontem,26, que é muito cedo para uma reunião com o ministro das Relações Exteriores, do Irã, que fez uma visita surpresa à reunião do G7 no fim de semana, mas insistiu que Washington não busca uma mudança de regime em Teerã.

"Acredito que é muito cedo para uma reunião", declarou Trump em uma entrevista coletiva, antas de afirmar que estava a par da visita do ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohamad Javad Zarif, para conversas informais.

"Eu sabia que [ele] visitaria", disse Trump a respeito da ida do iraniano, que foi organizada pelo presidente francês, Emmanuel Macron, em uma tentativa de desbloquear as negociações diplomáticas sobre o programa nuclear de Teerã.

"Estava a par de tudo que (Macron) estava fazendo e aprovei", completou o presidente americano, ao afirmar que o governante francês havia solicitado sua "aprovação".

Macron e Trump deram uma entrevista coletiva em conjunto nesta sergunda (26) e abordaram o tema do Irã novamente.

Trump disse novamente que sabia que o iraniano viria, e Macron afirmou que informou o americano de sua decisão para convidar Zarif rapidamente.

O francês afirmou que tenta criar as condições para que Trump e Hassan Rouhani, o presidente do Irã, se encontrem nas próximas semanas.

O acordo nuclear de 2015, concretizado após negociações árduas entre as potências ocidentais e o Irã, ficou em suspenso após a saída abrupta em 2018 do governo dos Estados Unidos, que voltou a impor sanções a Teerã, o que afeta a economia iraniana.

Macron tenta desativar as tensões há vários meses e encontrar formar de retomar o diálogo. Neste sentido, organizou a reunião com Zarif.

Trump insistiu que Washington está interessado apenas em deter as ambições nucleares de Teerã: "Não estamos buscando uma mudança de regime".

Um novo acordo nuclear

Trump afirmou que o Irã, hoje, é diferente do que era quando ele assumiu o governo dos EUA. Ele criticou o acordo assinado em 2015 porque ele não permitia algumas inspeções e também afirmou que o Irã estava por trás de 18 conflitos na região.

Macron também fez menção aos confrontos com participação indireta do Irã: segundo ele, um novo entendimento precisa ser alcançado para inibir isso, além da proibição à posse de armas nucleares por parte do Irã.








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