Reunião bilateral

May pede a Putin que pare com seus ''atos de desestabilização''

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24
Theresa May, primeira-ministra do Reino Unido, e o presidente russo, Vladimir Putin
Theresa May, primeira-ministra do Reino Unido, e o presidente russo, Vladimir Putin (Reuters)

JAPÃO - A primeira-ministra britânica, Theresa May, pediu na sexta-feira,28, ao presidente russo, Vladimir Putin, que ponha fim a "atos de desestabilização que ameaçam o Reino Unido e seus aliados" em uma reunião bilateral à margem do G20 no Japão.

Caso contrário, não pode haver normalização nas relações bilaterais, advertiu a premiê, segundo um porta-voz de Downing Street. Esta é a primeira reunião dos dois líderes desde o envenenamento do ex-espião russo Serguei Skripal em 2018 em território britânico.

Durante sua reunião com Putin, May disse que há "provas irrefutáveis de que a Rússia estava por trás do ataque".

Apesar do tom glacial do encontro, a primeira-ministra britânica disse que está "aberta à possibilidade de um relacionamento diferente, mas para isso o governo russo tem que escolher um caminho diferente".

As autoridades britânicas indicaram antes do encontro que essa reunião não significava uma normalização das relações com Moscou.

"Há um entendimento sobre a necessidade de reviver essa cooperação no interesse dos empresários de ambos os países", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, aos jornalistas nesta sexta-feira. (28)

Virar a página

Por sua parte, Vladimir Putin disse no início de junho que ele quer "virar a página relacionada a espiões e ataques" nas relações com Londres.

Serguei Skripal, um ex-coronel da inteligência russa condenado por espionagem em favor do Reino Unido e depois trocado com outros agentes duplos, foi encontrado inanimado em um banco público em 4 de março de 2018 em Salisbury, no sul da Inglaterra.

Londres acusa o serviço de inteligência militar russo (GRU) de ter tentado envenená-lo com a ajuda de um agente tóxico.

Moscou nega qualquer responsabilidade neste caso, o que causou uma crise diplomática com a expulsão mútua de representantes.

Os dois países também se opõem a outras questões, como o conflito sírio ou a crise na Ucrânia.

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