Homenagem ao Padroeiro

Procissão Marítima de São Pedro terá suporte da Capitania dos Portos

Ato religioso ocorrerá no sábado (29), às 15h30, e reunirá fiéis na Baía de São Marcos; logo após, haverá procissão terrestre e missa campal

Emmanuel Menezes

Atualizada em 11/10/2022 às 12h24
Imagem de São Pedro pronta para as celebrações do próximo sábado
Imagem de São Pedro pronta para as celebrações do próximo sábado (São Pedro)

SÃO LUÍS - A preparação para a tradicional Procissão Marítima de São Pedro já iniciou e, em 2019, terá um reforço especial da Capitania dos Portos do Maranhão. O cortejo marítimo, a ser realizado no sábado (29), por volta das 15h30, partindo da Rampa Campos Melo, onde está localizado o Cais da Praia Grande, terá o apoio de membros da marinha em embarcações que devem estar de olho na segurança dos fiéis que seguirão, em outras embarcações, a imagem de São Pedro pelas águas da Baia de São Marcos.

“Além da inspeção nas embarcações, aconselhamos que o número de pessoas em cada barco seja ainda menor do que a quantidade máxima suportada, a fim de evitar qualquer transtorno”, disse o Capitão Márcio Dutra.

A Capitania dos Portos também deve realizar fiscalização do lixo dos barcos, para evitar que os participantes do evento joguem plástico ou restos de alimento no mar. “Trabalhamos com prevenção da poluição hídrica a partir das embarcações. No geral, a Capitania estará presente para evitar qualquer acidente ou complicação durante o trajeto”, completa o capitão.

Festejo com dificuldades
A programação cultural do Festejo de São Pedro não deverá ter tanto brilho este ano. É que o tradicional arraial do largo de mesmo nome, na Madre Deus, só deverá acontecer dia 28, data em que os bois sotaque de matraca encontram-se naquele espaço para reverenciar o santo padroeiro dos pescadores, até o amanhecer. Os barraqueiros e pessoas da comunidade que se empenham para as festividades estão desanimadas porque gostariam que a quermesse começasse mais cedo.

No entanto, a comunidade afirma que a Secretaria de Estado da Cultura deu apenas apoio quanto à estrutura de palco e equipamentos de som, além de um recurso reduzido diante da grandiosidade e importância do festejo para a cultura maranhense. De acordo com a coordenadora geral, Regina Soeiro, envolvida há oito anos com a festa, a comunidade está triste porque vem lutando junto ao poder público para manter a tradição, “mas, está difícil”.

“É uma festa grandiosa e o recurso destinado não dá nem para o começo. Estamos tentando via Lei Estadual de Incetivo à Cultura, mas ainda não encontramos um patrocinador. Nossa esperança é que algum político sensível nos ajude para oferecermos à população um arraial alegre, que comece logo e que se estenda até o Dia de São Pedro, com grupos folclóricos animando esta região da cidade, para que os turistas venham nos ver e consumam nossos produtos nas barracas juninas”, disse Regina Soeiro.

Não dá para mensurar a quantidade de pessoas que circulam no Largo de São Pedro no último dia das comemorações, ou seja, na noite de 28 para 29. Os grupos de bumba meu boi revezam-se para receber as bênçãos e a mistura de sons e ritmos dá o tom da festança, que começa com salva de fogos, reza do terço e visita dos batalhões à capela.

A programação religiosa começa com a abertura do novenário, que antecede ao dia do santo, com missas diárias na capela. A abertura aconteceu dia 19. As tradicionais procissões marítima e terrestre acontecerão dia 29. A marítima terá largada da Rampa Campos Melo, na Praia Grande, por volta das 15h30. Logo em seguida, será realizada a procissão terrestre, que será finalizada com uma missa campal no Largo de São Pedro.

SAIBA MAIS

História de São Pedro
São Pedro nasceu em Betsaida, um pequeno vilarejo às margens do lago de Genesaré, ou Mar da Galiléia, no norte de Israel. Seu nome de nascimento era Simão. Quando conheceu Jesus, Simão era casado (os Evangelhos falam da cura da sogra de Pedro) e morava em Cafarnaum, importante cidade às margens do lago de Genesaré. Era filho de Jonas e tinha um irmão, André. Este foi quem o apresentou a Jesus. Os dois se tornaram discípulos de Jesus e mais tarde apóstolos. São Pedro era pescador e possuía um barco, em sociedade com seu irmão. Ambos trabalhavam no Mar da Galiléia, um lago de água doce formado pelo Rio Jordão, na região da Galiléia em Israel.

Quando Jesus conheceu Simão, disse a ele uma frase que mudaria sua vida: Você será pescador de homens. A partir daí, Simão começou seguir Jesus. Num determinado momento, Simão confessou a Jesus: Tu és o Messias, o Filho de Deus. Por isso, Jesus disse que, daquele momento em diante, seu nome seria Pedro, Cefas, Kephas em aramaico, palavra que significa Pedra. Mais tarde o significado disso ficou claro: Pedro foi o primeiro Papa da Igreja, tornou-se a Pedra onde a Igreja encontra sua unidade.

Por pregar o Evangelho destemidamente, São Pedro foi preso diversas vezes. Uma vez, em Jerusalém, um anjo de Deus o libertou da prisão passando por vários guardas. Depois de evangelizar e animar a Igreja em vários lugares, Pedro foi para Roma. Lá, liderou a Igreja que sempre crescia, apesar das perseguições. Assim, os romanos descobriram seu paradeiro, prenderam-no e condenaram-no à morte de cruz por ser o líder da Igreja de Jesus Cristo.

No derradeiro momento, São Pedro pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, por não se julgar digno de morrer como seu Mestre. Seu pedido foi atendido e ele foi morto na região onde hoje é o Vaticano. Seus restos mortais estão no altar da Igreja de São Pedro em Roma. A festa de São Pedro é celebrada no dia 29 de junho.

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