Celebração de Fé

Festejo de São Pedro terá carreata pelas ruas no encerramento

Tradicional festejo foi reduzido a uma singela festa, para que os fiéis consigam prestar suas homenagens ao santo; celebrações começaram no domingo, 27

Kethlen Mata/ O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h16
Com obras na Capela de São Pedro, celebrações do dia do santo acontecem na Casa Barrica, na Madre Deus; comemoração se encerra hoje
Com obras na Capela de São Pedro, celebrações do dia do santo acontecem na Casa Barrica, na Madre Deus; comemoração se encerra hoje (São Pedro)

São Luís – Nesta terça-feira, 29, é celebrado o Dia de São Pedro e, desde o ano passado, a tradição que reúne milhares de pessoas no Largo de São Pedro, na Madre Deus, está diferente em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Mas, nem por isso, a festa deixou de ser feita. Com a capela do padroeiro em reforma, as celebrações acontecem na Casa Barrica.

Há, aproximadamente, dois meses, a imagem de São Pedro está na Avenida Rui Barbosa, mais precisamente na Casa Barrica, por causa de uma reforma que a capela está passando na sua infraestrutura. A capela de São Pedro faz parte da paróquia de São José e São Pantaleão. “Formada de quatro comunidades, São Pedro, Nossa Senhora das Graças, Nossa Senhora da Vitória e a matriz”, explicou Regina Soeiro, coordenadora geral da Igreja de São Pedro.

Programação

As celebrações começaram desde o último domingo, 27, com uma missa solene, ontem, 28, também foi realizada uma missa às 19h. Nesta terça-feira, 29, serão três celebrações, às 7h, 10h e às 16h missa solene, seguida de uma carreata em honra ao santo – que fará o papel da tradicional procissão e percorrerá pelas ruas da cidade.

A coordenadora geral da capela afirmou que, em relação aos cuidados sanitários para evitar o contágio pelo coronavírus, tudo foi planejado levando isso em consideração. “Tudo muito bem controlado, cadeiras o suficiente para que não fique tumultuado, além de agendamento”, frisou. Esse agendamento – que tem como objetivo evitar aglomerações –, pode ser feito pelas redes sociais da igreja (@igrejadesaopedromd) ou com a coordenação da capela.

Além das missas, a igreja está vendendo comidas típicas, no formato de drive-thru com retirada na Casa Barrica, entre as comidas, arroz Maria Izabel, vatapá, peixe frito, torta de camarão, entre outras.

Tradição
Antes da pandemia da Covid-19, o Largo de São Pedro reunia, anualmente, milhares de brincadeiras tradicionais, principalmente, grupos de Bumba Meu Boi, que faziam a virada do dia 28 para o dia 29 no local. Regina conta que a Igreja Católica tentou suprir, pelo menos, as celebrações eclesiásticas.

“É um período de muita devoção, então, fazer somente as missas, as celebrações religiosas, você pode até prestar uma homenagem, mas sem que tenha a presença física, pode até acontecer, como aconteceu ano passado e, provavelmente, vai acontecer este ano”, afirmou. Ela está se referindo aos grupos que podem aparecer para “pagar promessas”.

O coordenador da Casa Barrica, José Hilton contou que o festejo de São Pedro é um dos mais requisitados na cidade. “As pessoas vêm, se ajoelham, fazem suas devoções, suas penitências, então, aglomeração a gente está tentando não ter, porque não pode. Podem até entrar, mas em fila, nós vamos organizar, entra e não demora muito tempo. Mas não existe a expectativa de que venham muitas brincadeiras”, esclareceu.

Fiéis
Claudiane Paulo, assistente social, há cinco anos paga uma promessa para São Pedro. “Eu sempre coloco um boizinho e venho colocar no altar”, destacou. Ela sai todos os anos da Belira e vai andando até a capela, mas esse ano se deparou com um local diferente.

“Antes eu ia na capela e deixava para acompanhar a procissão, mas como não está tendo, infelizmente, já são só dois anos que amarro o boizinho no altar”, disse.

SAIBA MAIS

São Pedro foi o primeiro Bispo de Roma, sendo por isso, considerado o primeiro Papa pela Igreja Católica. Este pescador tornou-se apóstolo e acompanhou todos os atos da vida de Jesus. O trabalho exercido antes de seguir o messias fez com que fosse considerado o santo dos pescadores. O dia 29 dedicado a ele. É nesse dia que se rouba o mastro de São João para marcar o fim das festas juninas.

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