Narrativas entrelaçadas em trama de tirar o fôlego

Justiça 2 estreou no Globoplay: os quatro episódios liberados apresentam os personagens centrais

A série foi criada e escrita por Manuela Dias.

Bruna Castelo Branco / Especial para o Na Mira

Atualizada em 14/04/2024 às 14h51
Histórias entrelaçadas por problemas com a polícia.
Histórias entrelaçadas por problemas com a polícia. (Foto: Divulgação)

Quando lá em 2016, a autora Manuela Dias estreou a série Justiça na TV Globo, já foi um sucesso. Quatro personagens têm suas histórias entrelaçadas por problemas com a polícia. Em um dia que era para ser mais um dia comum na vida deles, um acontecimento mudou todo o destino e eles foram presos. Sete anos depois, já em liberdade, eles tentam reconstruir suas vidas, embalados pela trilha sonora marcante. A fórmula que foi um sucesso, bem como o uso da música Hallelujah, de Leonardo Cohen, voltam para a segunda temporada da série, cujos quatro primeiros episódios já estão disponíveis no Globoplay.

Se a primeira se passava em Recife, a segunda mostra quatro histórias em Brasília e Ceilândia (DF). Pessoas totalmente diferentes são unidas pelo arco do destino, do inesperado, da cena que causa frio na barriga e sem formas de contornar uma situação, despertando na audiência, sentimentos de indignação, frustração e emoções ainda em construção para os diversos núcleos secundários das tramas principais. Justiça 2 toca em feridas abertas na sociedade, situações de injustiça, de abuso sexual, brigas de vizinhos, infelizmente não são tão longes da realidade.

Episódios

No primeiro episódio, Balthazar (Juan Paiva) é um motoboy que sustenta sua casa. Com as mudanças na empresa em que trabalha, precisa se tornar autônomo, mas as dificuldades financeiras mudam sua vida. Em um episódio angustiante, acompanhamos a preocupação do jovem, em conseguir dinheiro para o tratamento da avó, os embates com Nestor, novo administrador da churrascaria em que trabalhava, vivido pelo irretocável Marco Ricca, até ser acusado por um crime que não cometeu. Sete anos depois, ele reencontra a liberdade e tudo que perdeu, enquanto estava preso injustamente. No dia da sua prisão, que era para ser um dia comum, ele leva o lanche para Carolina (Alice Wegmann), que acaba de retornar para a casa dos pais ou o remédio para Geiza (Belize Pombal). Cada um vivendo sua dor, enquanto a cidade se movimenta.

Em outro episódio, a jovem Carolina, logo após receber o lanche que pedira para o marido, está no seu antigo quarto de solteira, tenta se acomodar, ela está de volta a casa da família depois de dez anos longe dali. Esse momento é interrompido pela voz do tio Jayme (Murilo Benício), que veio para o almoço. É possível estremecer junto com a personagem, diante das lembranças que aquela voz traz. Por dois anos, aquele homem bondoso que sustenta toda a família, estuprava a adolescente e o retorno para casa, reaviva todos os traumas e ela decide romper o silêncio. Lidando com o julgamento da família, decide denunciar, mas será que a prisão dele e a liberdade em sete anos vai curar todas as feridas que a jovem tem?

No outro ponto da cidade, a maranhense Geiza (Belize Pombal), mora em um apartamento modesto, trabalha como manicure e sonha que a filha Sandra (Gi Fernandes) seja aprovada no Enem, mas a chegada de um vizinho muda todos os seus planos. Com o som alto todos os dias, a tranquilidade daquela mulher definha a cada dia, até o dia do confronto que a leva para a prisão.

Enquanto isso, Milena (Nanda Costa) tenta “ficar limpa” e sair de um movimento criminoso, mas o destino leva a cruzar sua história com Jordana (Paolla Oliveira), uma empresária da música e acima de qualquer suspeita, que vive o luto da morte do pai, mas é cheia de segredos e um deles encontra-se no porta- mala do carro que Milena decide roubar. Sete anos depois, ela tenta a carreira musical e sua vida e de Jordana voltam a caminhar juntas.

Direção

Os quatro episódios terminam com um clímax do roteiro em que o público já especula os pontos de cruzamentos de cada história. O que chama atenção é o roteiro maduro a direção precisa, em que os personagens vão sendo apresentados logo nos primeiros episódios, dando a ideia de que ninguém sabe as dores que o outro está vivendo e que, reviravoltas podem acontecer a qualquer momento, sendo essas mudanças justas ou não trazem consequências que podem durar anos e modificar todos os planos de alguém.

A série tem 28 capítulos e os episódios são liberados semanalmente. Pelos quatro primeiros liberados, já dá para ter uma expectativa que estamos diante de uma grande produção brasileira.

Saiba mais

A série foi criada e escrita por Manuela Dias, com colaboração de Walter Daguerre e João Ademir e pesquisa de Aline Maia. Justiça 2 tem direção artística de Gustavo Fernández (de Pantanal e Renascer), direção de Pedro Peregrino, Ricardo França e Mariana Betti, produção executiva de Luciana Monteiro e direção de gênero de José Luiz Villamarim.

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