Brasília - O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quinta-feira, 27, que a leitura do novo parecer do relator da reforma da Previdência ficará para a próxima terça-feira, 2. Havia uma previsão de que a leitura pudesse ocorrer nesta quinta, mas, de acordo com o deputado, o adiamento foi necessário para costurar um acordo com governadores e incluir estados e municípios na reforma.
Maia recebeu líderes da Câmara na residência oficial para um café da manhã, no qual foram discutidos os próximos passos da reforma. O relator na comissão especial, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), também participou.
“Nós marcamos uma conversa na terça-feira, que será definitiva. Na terça-feira, com governadores, torço, eu rezo todos os dias, até terça vou rezar. Na terça-feira teremos esse assunto encerrado", afirmou Maia após o café da manhã.
Ele disse ainda que o relator fará a leitura na terça para que a votação do parecer ocorra também na próxima semana.
“A questão é o que nós precisamos para não perder votos. Precisamos que os parlamentares próximos aos governadores compreendam a importância da inclusão dos governadores, colaborarem com os seus estados, ajudando na aprovação da reforma da Previdência", declarou.
Maia afirmou que a aprovação da reforma na Câmara vai mostrar que "a política deu uma solução para a questão previdenciária".
Relator
O relator, também após o encontro de líderes, disse que o adiamento da leitura para terça-feira não atrapalhará o cronograma de votar a reforma no plenário da Câmara no primeiro semestre.
"Uma grande preocupação é incluir estados e municípios neste momento. Por isso, vale a pena espera até a reunião de terça", afirmou Samuel Moreira.
Ele disse ainda que não vê como difícil chegar a um acordo com os governadores sobre o texto da reforma.
"Não está dificil. Os pleitos que eles reivindicaram foram praticamente atendidos [no relatário], por coincidência", completou.
Presidente da comissão
Questionado sobre o adiamento para terça, o presidente da comissão especial, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), disse sentir "frustração" e limitou a responder que "a hora que decidirem" irá convocar a comissão.
"Sobre isso, só vou dizer o seguinte: a hora que decidirem, eu coloco [na pauta]. A minha frustração já é suficiente", afirmou.
Para ele, mesmo com o adiamento para terça, é possível começar e concluir a votação na semana que vem, desde que os partidos estejam dispostos a votar a reforma. "Se toda essa demora for para ter um acordo que só não tenha parte da oposição, dá [tempo] de votar", disse.
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