Teatro

Imperatriz e Açailândia recebem o primeiro espetáculo do Palco Giratório 2019

Apresentações do espetáculo “Realidade Apropriada Libera Evidência (RALE)” acontecem nos dias 15 e 16 de abril e são gratuitas

Com informações da assessoria

Atualizada em 11/10/2022 às 12h25
O artista Jessé Souza apresenta espetáculo no Maranhão
O artista Jessé Souza apresenta espetáculo no Maranhão (Espetáculo Palco Giratório)

SÃO LUÍS- O Palco Giratório inicia o a edição 2019 no Maranhão com o espetáculo “Realidade Apropriada Libera Evidência (RALE)”, montagem premiada construída a partir de uma pesquisa de improvisação em dança, onde a técnica do breaking (hip-hop) se une a ruídos do corpo no momento da ação e deslocamento para trazer à tona a diversidade do universo urbano. Os movimentos da dança são reproduzidos pelo artista Jessé Souza (AL) e acontecem nos dias 15 e 16 de abril em Imperatriz e Açailândia às 19h. Com duração de 40 minutos e classificação 10 anos, a entrada é gratuita. Em Imperatriz, a apresentação acontece no Teatro Ferreira Gullar e em Açailândia no Cineteatro da Praça PEC Vila Ildemar

O espetáculo surgiu a partir da ideia de centro, periferia e fronteiras, sendo um trabalho autobiográfico sobre questões que rodeiam o artista Jessé Souza. Motivado pelos pensamentos dos antropólogos Marc Augé e Michel Agier, o início desse processo de criação é no solo Encenações Urbanas, em 2016, que surgiu por questionamentos sobre o movimento Hip-Hop e suas questões políticas e sociais.

Ressaltando que a periferia pode ser entendida em um sentido geográfico, mas também num sentido político e social, o espetáculo R.A.L.E representa um corpo aprisionado a um sistema que desfavorece um terço da imensa população brasileira, parcela tratada com descaso. Esse corpo é trazido para a cena como um dispêndio de energia muscular, em meio a ruas, avenidas, becos, vielas, subidas, decidas, em uma cidade desigual, a qual um dos maiores desafios é se sustentar.

Jessé Souza explica que a pesquisa questiona a desigualdade social causada não por fatores econômicos e sim por fatores que são reproduzidos desde seu gênese social, causadora de preconceitos e desigualdades. “Essa classe social que designamos como ‘ralé’ não tem o intuito de ‘ofender’ essas pessoas já tão sofridas, mas sim chamar a atenção, provocativamente, para nosso maior conflito: o abandono social e político”, explicou a artista sobre o título do espetáculo.

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