Opinião

Burocracia e outros engodos “burrocráticos”...

Celso Coutinho

Atualizada em 11/10/2022 às 12h26

A burocracia é uma forma de convivência social corrupta... Quer parecer como se fosse organização, na sua acepção mais correta, mas não o é. É sim, como que um labirinto, aonde se escondem, sempre bem resguardados, os corruptos, a corrupção e todos esses escroques que formam essa súcia tão nociva aos legítimos interesses sociais, entronizados num altar de moral de convento, para engodarem, mais facilmente, os mais tolos e desinformados. Sempre trazem, na boca suja, a expressão de um “deus” falso que não conhece a confiança e a solidariedade. Somos padecentes desses excrementos burocráticos ou “burrocráticos” – um neologismo semântico - que sujam e respingam em qualquer cidadão, até mesmo nos burocratas. Precisamos de organização, sim, mas devemos nos livrar da burocratização, coisas, completamente diferentes. Aquela, a organização, insere-nos no contexto social, oferecendo-nos as condições que precisamos para desfrutarmos de nossos mais inalienáveis direitos; a segunda, a burocratização, destrói, avilta, enodoa, esburaca o nosso caminho, levando-nos ao infarto social da mais vil excrescência humana que é esse dejeto, a injustiça e toda a sua cumplicidade...Lembremos, aqui, agora, neste instante, neste momento e aprendamos a inolvidável lição de Afrânio Peixoto, “in verbis”: “A injustiça é a mãe da violência”. Procuremos, também, para uma melhor compreensão desse dejeto, saber quem é o “pai da violência”... Se sabemos como nos diz o emérito Afrânio Peixoto que a “mãe da violência é a injustiça”, façamos a investigação de sua paternidade... Não encontramos laboratório preparado com técnicas, técnicos e equipamentos para nos oferecer essa resposta, indicando-nos o pai desse tumor social, a violência, pois, continuaremos na busca dessa resposta para podermos desejar uma convivência social mais confiável e escorreita, sem os defeito que todos conhecemos... Não encontramos o “laboratório” para nos dar essa resposta. Não há filho sem pai e quando não lembramos a paternidade de alguém, dizemos que filho sem pai é “filho da puta”... Então, achamos, nesse entendimento pessoal que a violência e a injustiça não devem ser acolhidas e consideradas em nossa sociedade como vemos toda ora, em muitos e incontáveis exemplos que preferimos não exemplificá-los... Melhor é descobrir o “laboratório” que faz esse exame de DNA, para eliminarmos a violência e a injustiça de nosso relacionamento social…

Achamos o “laboratório” que pode fazer esse exame de D N A, mas, de imediato, também, constatamos que ele não se preparou para esse mister... É o “laboratório social” que despreparado e desequipado permite que a violência ganhe um lugar de destaque social e a sua mãe, a injustiça, mantenha-se como puta e sua filha mais do que filha da puta... É assim mesmo a nossa realidade... Preparemo-nos melhor, com um “laboratório social” capaz de mostrar quem é a mãe, a injustiça e a sua filha, a violência... Há, infelizmente, outros filhos sem pai e, consequentemente, outras mães que são, até sem quererem ilustres “putas sociais”... Quem se sentir ofendido coloque o chapéu na cabeça... Evitemos, o quanto possível, vivermos numa sociedade assim, com um “laboratório social”, que não sabe fazer o D N A de quem é o pai desses “filhos da mãe”...

Tabelião, Advogado, Promotor de Justiça e Juiz de Direito

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