Na França

Descontentamento com Macron vai a 75%, apontam institutos

As manifestações dos chamados coletes amarelos causaram desgaste para o presidente francês, que se viu forçado a recuar em um projeto de aumento de impostos sobre combustíveis

Atualizada em 11/10/2022 às 12h27
Conforme pesquisas, os franceses estão insatisfeitos com o governo de Emmanuel Macron
Conforme pesquisas, os franceses estão insatisfeitos com o governo de Emmanuel Macron (AFP)

PARIS - A impopularidade do presidente francês, Emmanuel Macron, subiu para 75%, revelou pesquisa de opinião realizada pelos institutos Odexa e Dentsu Consulting, publicada pelo jornal Le Figaro e pelo site Franceinfo. No levantamento anterior, realizado em abril, 59% dos franceses se diziam insatisfeitos com o governo.

Nos últimos meses, os protestos antiausteridade dos chamados coletes amarelos causaram desgaste para Macron, que se viu forçado a recuar em um projeto de aumento de impostos sobre combustíveis.

Além disso, o líder francês lida com um escândalo envolvendo um ex-segurança, que foi filmado agredindo manifestantes nos protestos de 1º de maio e demitido posteriormente.

Segundo a pesquisa, a popularidade de Macron caiu tanto entre habitantes de zonas rurais e pequenas cidades, berço do movimento dos coletes amarelos, quanto nas grandes cidades.

Ainda assim, entre os simpatizantes do partido de Macron, a República Em Marcha!, 86% se dizem satisfeitos com o governo.

Novato em eleições, Macron chegou à Presidência em maio de 2017 após conquistar 66% dos votos, derrotando Marine Le Pen, da ultranacionalista Reunião Nacional (chamada na época de Frente Nacional). Desde então, ele vem gradualmente perdendo popularidade.

Ex-banqueiro, Macron é visto como retaguarda do projeto liberal da União Europeia (UE), diante da perda de espaço dos partidos sociais-democratas tradicionais e do avanço de legendas ultraconservadoras e eurocéticas pelo continente.

O próximo teste de resistência da UE se dará em maio, quando deverão ocorrer as próximas eleições para o Parlamento Europeu. Um avanço de agremiações populistas no pleito pode representar um novo choque para o bloco regional.

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