PARIS - Uma nova pesquisa de opinião mostra que o presidente francês, Emmanuel Macron, e seu primeiro-ministro, Edouard Philippe, atingiram um recorde de impopularidade no final de agosto. Desde janeiro, o chefe de Estado perdeu mais de 20 pontos percentuais nas opiniões favoráveis.
Macron e Philippe estão no ápice da impopularidade desde que chegaram ao poder, segundo a pesquisa de opinião divulgada pelo instituto YouGov para o canal de TV Cnews e o site Huffpost. O presidente francês agrada somente 23% da população - quatro pontos a menos do que em julho.
Macron, aliás, vem registrando quedas consecutivas de popularidade há três meses. Além disso, desde janeiro, quando tinha 47% de opiniões favoráveis, ele perdeu 24 pontos.
Já o primeiro-ministro francês registrou a queda de 6 pontos em apenas um mês e sua atuação como chefe de Governo convence apenas 24% da população.
A decepção é registrada principalmente entre os eleitores da direita e da esquerda; para ambas as tendências, Macron tem apenas 14% de aprovação. Entre o eleitorado do centro, tradicional de Macron, a satisfação é alta: 74%, mas com uma queda de oito pontos em relação à julho.
Caso Benalla
Para a imprensa francesa, não há dúvidas de que o escândalo envolvendo o ex-agente de segurança de Macron, Alexandre Benalla, teve um papel importante na queda de popularidade do presidente. O chefe de Estado demorou dias para se pronunciar sobre o caso, na tentativa de abafá-lo. Quando o fez, o tom autoritário e desdenhoso que adotou não agradou a opinião pública.
A demissão do ministro da Transição Ecológica, Nicolas Hulot, a personalidade mais apreciada do governo Macron, também contribuiu para decepcionar os franceses. Não apenas 66% dos entrevistados aprovaram sua renúncia, como o ecologista viu sua popularidade subir 25 pontos em apenas um mês.
A pesquisa de opinião também perguntou aos entrevistados as questões que mais os preocupam na França, recebendo como resposta proteção social (18%), emprego (18%), imigração (15%) e meio ambiente (9%). No total, 1.099 pessoas foram interrogadas através de um questionário online nos dias 29 e 30 de agosto.
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