Editorial

Benefício que ninguém quer

Atualizada em 11/10/2022 às 12h29

Uma estatística extraída das ruas assusta no Maranhão, mas também mostra que há uma garantia de direito, nesse caso, sendo cumprida. Mais de 87% das indenizações pagas entre os meses de janeiro e junho deste ano estavam relacionadas a acidentes com motocicletas. As informações constam de levantamento da seguradora Líder, responsável nacionalmente pela administração do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT) no estado e pago anualmente por proprietários de veículos.

Essa realidade reflete o cenário visto no trânsito de cidades como São Luís, onde é grande o número de motociclistas circulando pelas vias, com alguns desavisados não se atendo à postura que garante mais segurança enquanto trafegam. Esmiuçando os números, somente no primeiro semestre de 2018, 6.485 seguros foram pagos no Maranhão, sendo que, deste total, 5.694 estavam relacionados a motocicletas. Além disso, 51% dos casos, as vítimas ficaram inválidas temporária ou permanentemente.

E por deixar a pessoa sem condições de trabalho por algum tempo, ou até para o resto da vida, em caso de acidentes, é que o direito é tão bem-vindo. O seguro DPVAT é um benefício destinado a vítimas de acidentes de trânsito, sejam condutores, passageiros ou pedestres. O direito à indenização pode variar de acordo com a gravidade: morte, invalidez ou despesas médicas.

Vale destacar que a maior incidência de indenizações compreende pessoas ente 25 e 34 anos de idade, 47% do total. O maior número de vítimas é formado por condutores de motos, 60%, sendo que estes representaram 54% das indenizações pagas em acidentes fatais e 59% em acidentes com sequelas permanentes - nesse item, também predominam os motociclistas, 92%.

A situação também não é boa para quem é pedestre no Maranhão. Esse segmento ficou em 2º lugar quando o assunto é indenização por acidentes fatais no período, 28%, e também nos acidentes com Invalidez Permanente, 27%. Outro dado importante: os homens são 75% das vítimas indenizadas, com 126.763 casos, enquanto as mulheres constituem 25%, com 42.254 casos.

Apesar de ninguém querer receber tal benefício, já que é fruto de acidentes, esse dinheiro já resolve muitas pendências de quem se envolve em algum sinistro. O valor para no caso de Despesas de Assistência Médica e Despesas Suplementares (DAMS) é de até R$ 2.700,00; para invalidez permanente ou morte, soma até R$ 13.500,00.

Para receber o benefício, a vítima pode dar entrada no pedido, sem a necessidade de intermediários. E é preciso ficar atento ao prazo: contando a partir da data do acidente, são três anos para fazer essa solicitação. Já para os casos de invalidez ainda em tratamento a contagem começa na data de emissão do laudo do Instituto Médico Legal (IML). Também é possível acompanhar o pedido pelo SAC oficial do DPVAT:, (0800 022 1204), ou seja, gratuito.

Esse dinheiro, acima de tudo, pode ser visto como um auxílio para as horas de desespero que, em sua maioria, sucedem um acidente, seja com carro, motocicleta ou qualquer outro veículo. Claro que todos querem mesmo é nunca precisar receber esse benefício.

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