SÃO LUÍS - O fim de semana foi marcado por assassinatos na capital e no interior. Um dos casos foi um linchamento. Segundo a polícia, seis pessoas já foram linchadas este ano na Ilha e neste mês foram três registros desse tipo de crime. Os últimos linchamentos ocorreram na madrugada de domingo, 15, e as vítimas foram os irmãos Moisaniel, de 35 anos, e Daniel Cardoso da Silva, de 41 anos.
Segundo informações da polícia, há duas versões para a morte dos irmãos Moisaniel e Daniel Cardoso. Uma delas informa que as vítimas foram linchadas por populares durante uma briga ocorrida na associação dos moradores da Vila Esperança.
A outra versão, de acordo com a polícia, diz que “faccionados” teriam desconfiado de que uma das vítimas seria de facção rival e abordaram os irmãos na porta da associação do bairro. As vítimas foram linchadas e os corpos ficaram em via pública.
Esse caso está sendo investigado pela Superintendência de Homicídios e Proteção a Pessoas (SHPP). O delegado plantonista, Leonardo Carvalho, informou que até a tarde de ontem não havia registro de prisão. Ficou constatado que as vítimas não tinham ligação com facções criminosas.
O primeiro caso de linchamento deste mês na Ilha ocorreu no último dia 10, e teve como vítima Joaby Frazão Barros, o Cheirinho no Rosto, de 20 anos, no São Francisco. A polícia informou que a vítima tinha passagem pela polícia e antes de ser morta estava assaltando em companhia de outro criminoso, no bairro.
No mês de fevereiro deste ano, na Terça-Feira de Carnaval, 13, João Carlos Pereira, de 27 anos, foi espancado até a morte em sua residência, na Avenida José Sarney, no Alto São Sebastião, área do Coroadinho. De acordo com as informações da polícia, a vítima era acusada de ter matado por asfixia a filha de sua prima, Rayane dos Remédios Costa Rodrigues, de 20 anos.
Em janeiro deste ano ocorreram mais dois casos desse tipo de crime na Ilha. Uma das vítimas foi identificada como Jorge Luís Baiama de Araújo, no dia 20. A outra vítima foi William Pinheiro, de 28 anos, que foi espancado por mais de 20 pessoas, no Iguaíba, em Paço do Lumiar. A polícia informou que havia possibilidade de essa ação criminosa ter sido motivada pelo fato de William Pereira ter espiado mulheres despidas que tomavam banho no quintal de suas casas.
Assassinato de criança
A SHPP ainda ontem não havia conseguido prender os acusados de terem matado a tiros Felipe Sousa Silva, de 12 anos. Segundo a polícia, os familiares da criança compareceram ao plantão da SHPP e informaram que a vítima tinha deixado uma das unidades de ressocialização da Fundação da Criança e Adolescente (Funac), na capital, no dia 29 de janeiro deste ano e respondia por roubo.
Na noite de sábado, o menor foi baleado, na cabeça e na mão por homens não identificados, na Avenida Kennedy, nas proximidades do Bairro de Fátima. A criança ainda foi levada com vida para o Hospital Socorrão I, no Centro, mas chegou sem vida.
Também nesse hospital morreu, ontem, Jaerdson Soeiro Pinheiro, de 23 anos. Os familiares da vítima informaram que Jaerdson Soeiro levou um golpe de faca no abdômen na noite de sábado, em Axixá. Ele foi levado para o Socorrão I onde passou por tratamento cirúrgico. O corpo da vítima foi removido para o Instituto Médico Legal (IML), no Bacanga.
Ainda ontem foi levado para o IML o corpo do sexo masculino oriundo da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Parque Vitória. A vítima foi baleada por homens não identificados, e o caso está sendo investigado pela equipe da SHPP.
Interior
A delegacia regional de Caxias, que é coordenada pelo delegado Jair Paiva, até o começo da noite de ontem não havia efetuado a prisão de uma mulher, nome não revelado, acusada de ter assassinado Francisco Eduardo Araújo da Silva, de 31 anos. O crime ocorreu durante a noite do último sábado em Caxias. A vítima levou um tiro no olho esquerdo e no tórax e ainda foi levada para UPA dessa cidade, mas, chegou sem vida. A polícia também informou que acusada não aceitava o fim do relacionamento que tinha com a vítima. l
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