Livro

Lançamento de obra poética de Daniel Blume nesta terça-feira

Daniel Blume lança hoje, às 19h30, o livro “Resposta ao Terno”, às 19h30, no Restaurante Leblon do Hotel Brisamar, na Ponta d’Areia; obra é sua terceira no gênero poesia

Atualizada em 11/10/2022 às 12h32
(Livro didático)

“A força da poesia me leva a escrever”. A frase é do advogado, procurador do Estado, juiz do Tribunal Regional Eleitoral e membro efetivo do Instituto dos Advogados Brasileiros Daniel Blume, que hoje, às 19h30, no Restaurante Leblon, no Hotel Brisamar (Ponta d’Areia), lança “Resposta ao Terno”, seu quarto livro e o terceiro de poesias.

A obra, uma tentativa de explicar o que, às vezes, não tem resposta, levou três anos para ser concluída e reúne 124 poemas, divididos em 202 páginas. Os poemas são classificados por tema. “O livro tem o objetivo de buscar respostas ao terno que uso diariamente como advogado, do qual acredito me despir para investir em ternura. Em alguns poemas, apresento repostas aos que apenas fazem uso do terno, sem o menor apego ou respeito à ternura, oportunidade em que mesclo personagens caricatos que se repetem ontem e hoje”, diz o poeta e cronista, titular da cadeira de número 15 na Academia Ludovicense de Letras.

“Resposta ao Terno” tem apresentação da poeta Laura Amélia Damous, membro da Academia Maranhense de Letras, e orelha do poeta Bioque Mesito. “Há uma saudável lírica pastichiana em Blume, autor desta Resposta ao Terno, não o pastiche clássico, mas o da boa sátira aos momentos injustificáveis da vida: O obstinado Lauro / um dia resolveu comer. / Jamais parou / e come e bebe e como e / e come bebe e como come! / Parece que vai espocar. / Se não de banha, / de narcisismo (O gênio)”, escreve Bioque Mesito.

Inspirações - As anotações de Daniel Blume encontram inspirações em sua rotina, seja ela a de trabalho ou social. “Primeiro faço apontamentos. Depois, transformo a emoção em poesia. Por meio da poesia, eu me autorizo a tirar o terno e vestir ternura para tratar, por exemplo, da paixão sem ser piegas, do sexo sem ser chulo. Falar com o tempo, passear em memórias, fazer piada com o que repudio ou rejeito”, diz ele, explicando que a poesia pode vir “como uma pena de pássaro, ou mesmo um mosquito que voa de repente”.

Daniel Blume rabisca desde sempre. Começou ainda menino, por influência da mãe, a escritora Sonia Almeida, professora da Universidade Federal do Maranhão e membro da Academia Maranhense de Letras, que, segundo ele, é sua “revisora implacável”. “Minha primeira publicação data de 1998: uma antologia poética que reuniu vários escritores, dos neófitos aos consagrados, como José Chagas e Nauro Machado, dois ícones da literatura brasileira”, conta.

Para o autor, a literatura está para além de um hobby artístico. É divã, catarse, onde ele traduz até aquilo que nem sabe explicar. “É o choro contido, a gargalhada escrita, o impulso travado ou a utopia laçada”, diz o poeta, cujas influências são os autores Sonia Almeida, Raimundo Correia, José Chagas, Ferreira Gullar, Gregório de Matos Guerra, Augusto dos Anjos, Carlos Drummond de Andrade, Murilo Mendes, Vinícius de Moraes, Antônio Ailton, Bioque Mesito, Laura Amélia, Alex Brasil, Luís Augusto Cassas e Luís Vaz de Camões, entre outros.

Blume já publicou três livros de poemas: “Inicial” (2009) e “Penal” (2015). Também é autor do livro técnico “Natureza Jurídica das Decisões dos Tribunais de Contas”. Sua próxima publicação voltada para a poesia deverá ser “Processo”. Na área jurídica, ele está escrevendo “Poligrafia do Direito”, para lançamento em 2019.

Serviço

O quê

Lançamento do livro “Resposta ao Terno”

Quando

Hoje, às 19h30

Onde

Restaurante Leblon, no Hotel Brisamar (Ponta d’Areia)

Preço do livro: R$ 50,00

Presente a São Luís

No dia de São Luís,

Sinto o desejo até um impulso

De te inscrever.

Necessito tratar agora

Com a sua perspicácia picante

Da cor do sol salgado

Que nos aquece.

No aniversário da Ilha,

Tenciono desbravar

Não apenas a tua superfície

De mar moreno.

Cobiço alcançar

Os túneis que te percorrem,

Donde brota líquido fresco,

Como se Fonte do Ribeirão.

Espero desvendar

Tuas lendas meninas

E entender alguns

Dos teus ardentes mistérios.

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