Reforma da Previdência

Parlamentares entram na Justiça contra eventual suspensão de intervenção no Rio

Suspensão do decreto que determinou intervenção no rio de Janeiro foi levantada pelo presidente Michel Temer como forma de garantir votação da reforma da Previdência

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33
Senador Paulo Paim pediu ao STF a proibição de uma eventual suspensão da intervenção federal no Rio de Janeiro
Senador Paulo Paim pediu ao STF a proibição de uma eventual suspensão da intervenção federal no Rio de Janeiro (Paulo Paim)

Brasília - O deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) e o senador Paulo Paim (PT-RS) pediram ao Supremo Tribunal Federal (STF) a proibição de uma eventual “suspensão” da intervenção federal decretada sobre a segurança pública do Rio de Janeiro para votar a reforma da Previdência.

A possibilidade de revogar o decreto de intervenção e depois decretar uma nova intervenção para votar a proposta foi cogitada na semana passada pelo presidente Michel Temer no anúncio da medida. Isso porque a Constituição impede mudanças em seu texto durante uma intervenção federal.

Na ação ao STF, os parlamentares também pedem a proibição de toda e qualquer tramitação, além de sessões destinadas à análise da proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência ou qualquer outra PEC enquanto existirem os motivos que resultaram no decreto de intervenção.

Contrários ao projeto do governo de reforma da Previdência, que tramita na forma de uma PEC, os parlamentares alegam que a mudança não pode ser feita enquanto durar a “anormalidade” social que levou o governo a intervir no Rio.

"Da mesma forma, permitir qualquer tramitação de projetos de emenda à Constituição enquanto perduram os motivos do desatino social e institucional é tão grave quanto a promulgação, haja vista que a condição de decisão, pensamento e discricionariedade estão comprometidas e podem criar embaraços perigosos para o futuro”, diz a ação.

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