Editorial

A farsa comunista da pacificação de Pedrinhas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h33

Uma das mudanças alardeadas pelo governador Flávio Dino (PCdoB), mas que não passa de discurso vazio e sem comprovação real, foi a suposta pacificação do Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Ao tomar o poder, há três anos, o comunista prometeu pôr fim à barbárie no sistema prisional do Maranhão, abalado, até o fim da eleição de 2014, por sucessivas fugas, rebeliões e execuções de detentos, muitos dos quais decapitados e esquartejados.

Mas o que parecia ser a solução para o caos no cárcere não passou de mais uma farsa, desmontada após o assassinato, no último domingo (7), de um preso ligado a uma facção criminosa pelo pistoleiro Jhonatan de Souza Silva, condenado a 25 anos de reclusão pelo assassinato do jornalista Décio Sá, em abril de 2012. O crime aconteceu na Unidade Prisional de Ressocialização de São Luís 4 (UPRS 4), no momento do banho de sol.

Elementos não faltam para comprovar que a tal calmaria em Pedrinhas foi um engodo, sustentado por Flávio Dino e asseclas até quatro dias atrás. A morte ocorrida domingo foi apenas o estopim para que a verdade viesse à tona. Um fato ocorrido em 2016 e outros dois registrados ano passado foram provas irrefutáveis de que o clima no sistema penal não é tão ordeiro como tentam fazer crer os comunistas palacianos.

O primeiro foi a rebelião realizada por presos do Comando Vermelho (CV) e do Primeiro Comando da Capital (PCC) no Centro de Detenção Provisória de Pedrinhas (CDP), em setembro de 2016. O saldo do motim foi a destruição de celas e outras instalações do presídio e incêndios de colchões. Vinculados às facções originárias das cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, que arregimentam número crescente de membros em São Luís, os amotinados protestaram contra as condições desfavoráveis as quais alegavam estar sendo submetidos na unidade.

Outro episódio, ocorrido em março do ano passado, foi a prisão de um ex-adjunto da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), em uma operação da Polícia Federal, acusado de violação de sigilo funcional e de atos de corrupção na pasta. Após a mídia e a blogosfera terem escancarado o caso, os comunistas mais uma vez recorreram à sua artimanha de silenciar, até que o caso caísse no esquecimento, como de fato caiu.

Em maio, mais uma crise levou instabilidade a Pedrinhas: a fuga recorde de 36 presos e a morte de cinco deles nas operações policiais de busca. Os detentos escaparam por um buraco aberto no muro da Unidade Prisional de Ressocialização de São Luís 6 (UPRS 6) com uso de dinamite, o que demonstrou que a ousadia do crime se dá na mesma medida da persistente fragilidade do sistema penal. Até hoje, a maioria dos fugitivos não foi recapturada.

As três ocorrências reafirmaram a condição de Pedrinhas de caldeirão em ebulição permanente, prestes a explodir como uma bomba-relógio, que abriga criminosos dispostos a fugir e a perpetrar todo tipo de atrocidade a todo instante, independente do governo.

Em vez de botar uma cortina de fumaça sobre a tal pacificação dos presídios, buscando apenas dividendos eleitorais, os comunistas deveriam cair na real e reconhecer que, ao agrupar os presos por facções, transformaram Pedrinhas em complexo do crime, fortalecendo a unidade entre cada facção, dando a todos a chance de planejar melhor a barbárie, dentro e fora do sistema penal.

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