Ação dos EUA e Seul podem levar a uma guerra nuclear, diz Pyongyang

"É uma provocação aberta, em todos os níveis, contra a Coreia do Norte, que poderia levar a uma guerra nuclear a qualquer momento", afirma o jornal em seu editorial

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34
Soldados norte-coreanos comemoram a declaração que o país alcançou o estado nuclear
Soldados norte-coreanos comemoram a declaração que o país alcançou o estado nuclear (Soldados norte-coreanos comemoram a declaração que o país alcançou o estado nuclear)

PYONGYANG - A Coreia do Norte classificou como "belicistas" Estados Unidos e Coreia do Sul ontem, na véspera do início de suas manobras aéreas conjuntas mais importantes até agora.

O exercício "Vigilant Ace", que mobilizará cerca de 230 aviões, entre eles caças invisíveis F-22 Raptor, começa hoje,4),e vai durar cinco dias. Será realizado apenas poucos dias depois de o regime norte-coreano ter testado um míssil balístico intercontinental (ICBM). O artefato teria capacidade de atingir os Estados Unidos.

O jornal Rodong do Partido único no poder na Coreia do Norte denunciou essas manobras.

"É uma provocação aberta, em todos os níveis, contra a Coreia do Norte, que poderia levar a uma guerra nuclear a qualquer momento", afirma o jornal em seu editorial.

"Os belicistas americanos e sua marionete sul-coreana fariam melhor em lembrar que seu exercício militar dirigido contra a Coreia do Norte será tão estúpido quanto um ato para precipitar sua autodestruição", acrescentou.

No sábado, o Ministério norte-coreano das Relações Exteriores acusou a administração de Donald Trump de "querer a guerra nuclear a qualquer custo" com essa simulação aérea.

Recentemente, o conselheiro de Segurança Nacional, H.R. McMaster, considerou que a possibilidade de uma guerra com a Coreia do Norte se reforçava.

"Acredito que aumenta cada dia, o que significa [...] que estamos em um corrida para solucionar o problema", disse ele, durante um foro.

"Há maneiras de enfrentar esse problema fora de um conflito armado, mas é uma corrida, porque se aproxima cada vez mais [da chegada]. Não resta muito tempo", advertiu.

Teste de míssil

O governo norte-coreano chegou a afirmar na última quarta-feira (29) que o míssil lançado por eles poderia atingir qualquer parte do território dos Estados Unidos. De acordo com o Pentágono, entretanto, o lançamento não representou ameaça real ao país nem a seus aliados.

O míssil, que foi disparado na terça no Mar de Japão, voou mais de 900 km alcançando mais de 4.000 km de altitude, o que representa a máxima altura atingida até o momento por um projétil norte-coreano e indica um novo e perigoso avanço para o programa de armas do regime.

Em anúncio na TV estatal norte-coreana, o regime também informou que o míssil “Hwasong-15” é uma versão atualizada do “ICBMs”, que foi lançado em julho deste ano, e que foi capaz de carregar uma “enorme e pesada ogiva nuclear”. Apesar dos Estados Unidos não terem encarado a ação como ameaça, o órgão militar americana afirmou que o míssil atingiu maior atitude que todos os outros lançados anteriormente.

A Coreia do Sul e o Japão condenaram o governo de Kim Jong-un pelo mais novo lançamento que caiu no mar, em área próxima ao território japonês. A ação gera ainda mais tensão na relação delicada entre a Coreia do Norte e os governos dos países envolvidos, como os Estados Unidos.

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