Procura

"Não há condições de haver vida no submarino", diz ministro

Oscar Aguad encontrou familiares de tripulantes do ARA San Juan na base de Mar del Plata; embarcação está desaparecida desde o dia 15 de novembro com 44 tripulantes

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34
O submarino argentino está desaparecido desde o dia 15 de novembro
O submarino argentino está desaparecido desde o dia 15 de novembro ( O submarino argentino está desaparecido desde o dia 15 de novembro)

BUENOS AIRES - O ministro da Defesa da Argentina, Oscar Aguad, garantiu na sexta-feira (1º) para as famílias dos 44 tripulantes do submarino San Juan que as buscas pela embarcação desaparecida desde o dia 15 de novembro continuam, "até que todos os recursos sejam esgotados", mas reconheceu que, pelo tempo que passou, "não há condições de haver vida".

O ministro viajou hoje à base naval da cidade de Mar del Plata, para onde a embarcação se dirigia, para se reunir com os familiares da tripulação desaparecida.

O Ministério da Defesa argentino informou em comunicado que Aguad se colocou "à disposição das famílias", depois que a Marinha deu por finalizado nesta quinta-feira o plano que visava o resgate dos submarinistas, para passar para uma fase só de buscas do submarino, que ainda não foi localizado.

Aguad "permaneceu durante mais de uma hora com os familiares dos tripulantes, e se comprometeu a seguir com as buscas pelo submarino até que todos os recursos sejam esgotados", segundo a nota do ministério.

Em vídeos do encontro com os familiares que foram difundidos na internet e pela imprensa argentina, Aguad afirmou que "os dias em que haveria condições de encontrar os tripulantes com vida se esgotaram".

"Tivemos que declarar o fim do SAR (plano de busca e resgate), mas - e isto me foi solicitado pelo presidente (Mauricio Macri) - há um compromisso absoluto de não deixar de buscar o submarino até que todos os recursos sejam esgotados", afirmou o ministro.

Buscas continuarão

Aguad se apresentou na base com o chefe do Estado-Maior Geral da Marinha argentina, o almirante Marcelo Eduardo Hipólito Srur, e disse aos familiares que "vários" dos países que ajudaram na primeira fase de buscas continuarão oferecendo sua colaboração, como "Estados Unidos, Rússia e Chile".

"Vamos continuar buscando o submarino com todos os elementos que temos em nosso país", prometeu o ministro.

O Ministério da Defesa reiterou que foram utilizados "recursos internacionais, estatais e privados, pessoal altamente capacitado e as tecnologias mais avançadas do mundo" no plano de "busca e salvamento".

"Não obstante, depois de 15 dias de buscas utilizando meios aéreos e navais, e após uma varredura de 557 mil milhas náuticas quadradas de exploração visual e de 1.049.479 milhas náuticas quadradas de exploração por radar, não foi possível encontrar o submarino, nem seus botes salva-vidas", afirmou o ministério na nota.

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