GAZA - O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, exigiu ontem o fim do bloqueio israelense e egípcio imposto na Faixa de Gaza, vítima de "uma das crises humanitárias mais dramáticas" que ele já conheceu.
"Estou profundamente comovido por estar hoje em Gaza e ser, infelizmente, testemunha de uma das crises humanitárias mais dramáticas que já vi em muitos anos de trabalho humanitário nas Nações Unidas", declarou Guterres em sua primeira visita ao território palestino desde que assumiu o cargo em janeiro de 2017.
"É importante abrir as fronteiras", salentou o secretário-geral em uma coletiva de imprensa realizada em uma escola gerida pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) em Jabalia, no norte da Faixa de Gaza.
"Gaza precisa de soluções urgentes e faço um apelo à comunidade internacional que proporcione a ajuda humanitária necessária", acrescentou, ao anunciar uma ajuda de emergência da ONU de US$ 4 milhões (cerca de R$ 12,65 milhões).
Crise
O secretário-geral da ONU salientou que a solução da crise "não é apenas humanitária, mas também política" e pediu para os palestinianos que acabem com a divisão entre Hamas, movimento islâmico que controla a Faixa de Gaza, e Fatah, que governa na Cisjordânia.
Ao chegar à cidade de Gaza, o secretário-geral foi recebido com uma manifestação de dezenas de palestinos que protestavam contra a falta de ação internacional em relação aos palestinos detidos em prisões israelenses.
Antes de chegar em Gaza Guterres esteve nos últimos dias em Israel e em Ramallah, sede do governo de Fatah na Cisjordânia.
A Faixa de Gaza, governada desde 2007 pelo Hamas, travou desde então três guerras contra Israel, é submetida a rigorosos bloqueios impostos por Israel e pelo Egito.
Mais de dois terços dos habitantes da Faixa de Gaza dependem de ajuda humanitária da ONU para sobreviver.
Saiba Mais
- Bolsonaro diz na ONU ser vítima de ''campanha brutal de desinformação'' sobre queimadas
- Tribunal da ONU condena acusado membro do Hezbollah
- ONU: número de pessoas em deslocamento forçado bate recorde em 2019
- Onu: política social e econômica do Brasil coloca milhões de vidas em risco
- Na ONU, Jair Bolsonaro fala em Cuba, Venezuela e socialismo
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.