WASHINGTON - O presidente dos EUA, Donald Trump, irá encerrar o programa da CIA de treinamento e armamento de rebeldes sírios moderados, lançado por Barack Obama em 2015. Segundo o jornal “Washington Post”, fontes militares afirmam que a decisão foi tomada antes de Trump se encontrar com Putin, durante o G-20, na Alemanha.
O assunto teria sido discutido em uma reunião com o diretor da CIA, Mike Pompeo, e o conselheiro de Segurança Nacional, H.R. McMaster. Os porta-vozes da CIA e do Conselho Nacional de Segurança se recusaram a fazer comentários.
Segundo o “Washington Post”, a decisão de Trump sinaliza que o presidente americano está realmente disposto a buscar uma aproximação com os russos em sua atuação na Síria.
Durante o encontro no G-20, Trump e Putin concordaram em promover um cessar-fogo no sudoeste do país. Na ocasião, eles selaram um memorando de entendimento, que também envolve a Jordânia, com interesse em respeitar a "soberania" da Síria e levar adiante o processo para um "acordo politico", conforme afirmou o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov.
Problemas no treinamento
O treinamento de rebeldes sírios pelos EUA, realizado na Jordânia, sempre foi fortemente criticado pela Rússia, que apoia o regime do presidente sírio Bashar al-Assad, e era um dos principais pontos de desacordo entre os dois grupos que combatem o Estado Islâmico: de um lado Síria, Irã e Rússia e de outro a coalizão liderada pelos Estados Unidos, composta por vários países e na qual também atuam os rebeldes sírios que querem a saída de al-Assad do poder.
O programa também enfrentou uma série de problemas desde o início, já com a seleção de rebeldes aptos a participar. A intenção inicial era de treinar 5 mil pessoas, mas, segundo o Pentágono, na primeira etapa 3.750 sírios apresentaram suas candidaturas para ser treinados, e 400 passaram pelo primeiro filtro.
Em setembro de 2015, o programa chegou a ser suspenso após denúncias de que alguns dos treinados teriam sido capturados e perdido equipamento e que dezenas de outros teriam desertado, o que foi negado pelo Pentágono. Em outubro do mesmo ano, o treinamento sofreu uma reformulação.
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