Doença

Coronavírus deixa 30 milhões com restrição de circulação na China

Vírus já matou 26 pessoas e tem mais de 800 casos confirmados. Restrições incluem fechamento de estações de trens, rodoviárias, transportes urbanos e de circulação de carros por algumas estradas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h21
Oficial com máscara protetora verifica temperatura de passageiro em um pedágio entre Xianning e Wuhan, na China
Oficial com máscara protetora verifica temperatura de passageiro em um pedágio entre Xianning e Wuhan, na China (Reuters)

PEQUIM - Ao menos 10 cidades na província de Hubei, na China, estão com restrições de circulação na sexta-feira,24, o que afeta cerca de 30 milhões de pessoas, de acordo com a rede de notícias CNN. A medida de emergência foi tomada pelas autoridades chinesas para tentar frear a epidemia de coronavírus, que já matou 26 pessoas e tem quase 900 casos confirmados, de acordo com balanço na sexta,24. O jornal americano The New York Times fala que há restrições em 13 cidades, afetando 35 milhões de pessoas.

É na província de Hubei que está Wuhan, cidade considerada epicentro da doença, e que está sob quarentena. As outras cidades afetadas pela medida são Ezhou, Huanggang, Chibi, Xiantao, Zhijiang, Qianjiang, Huangshi, Xianning e Yichang.

As restrições incluem fechamento de estações de trens, rodoviárias, transportes urbanos e de circulação de carros por algumas estradas. As autoridades ainda não informaram quando essas medidas serão retiradas.

Homens idosos e com problemas de saúde são mais da metade dos mortos por coronavírus. Apesar dos números, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou na quinta que "ainda é cedo" para declarar emergência internacional devido às infecções do coronavírus.

Outras medidas

Na quinta, Pequim anunciou que cancelou as comemorações do Ano Novo chinês, tradicional festividade que deveria começar na sexta,24, e duraria uma semana. A iniciativa pretende desestimular a circulação de pessoas pelo país, que poderia colocar possíveis doentes em contato com pessoas saudáveis.

A rede de fast food McDonalds anunciou na sexta-feira que vai suspender as operações em cinco cidades chinesas: Wuhan, Ezhou, Huanggang, Qianjing and Xiantao, todas na província de Hubei. Não há previsão para as lojas serem reabertas.

O estádio Bird's Nest, palco dos jogos olímpicos de 2008, foi fechado nesta sexta, segundo a Reuters. Atrações turísticas como a Muralha da China em Juyonggang, os Túmulos de Ming e a Floresta do Pagode de Yinshan serão fechadas ao público a partir deste sábado, de acordo com a CNN.

Pesquisas de emergência

O Ministério de Ciência e Tecnologia da China lançou oito projetos de pesquisa de emergência para ajudar a lidar com o mais recente surto de coronavírus no país.

Foi também lançado um sistema nacional com informações de pesquisas a respeito da doença. Imagens microscópicas eletrônicas do vírus, primers e sondas para detecção de vírus estão disponíveis no site, de acordo com a rede de notícias Xinhua .

Na cidade de Wuhan, epicentro da doença, as autoridades estão construindo um novo hospital que será dedicado ao tratamento da doença, segundo a Xinhua News. O empreendimento segue o modelo de Beijing para tratamento de doenças respiratórias agudas, conhecidas como SARS. O hospital terá 1 mil leitos e deverá ser inaugurado em 3 de fevereiro.

Novo coronavírus

Cientistas ainda tentam identificar a origem da doença. Um estudo da Universidade de Pequim e da Universidade de Bioengenharia de Wuhan publicado na quarta-feira,22, no "Jornal of Medical Virology" afirma que a mutação do coronavírus que está causando esta epidemia pode ter vindo de cobras.

“Muitos pacientes foram potencialmente expostos a animais silvestres no mercado atacadista de frutos do mar de Huanan, onde também eram vendidos aves, cobras, morcegos e outros animais silvestres”, diz o estudo.

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