Editorial

O Brasil que dá certo!

Atualizada em 11/10/2022 às 12h37

O Brasil vive um dos momentos mais difíceis de sua história. Uma crise moral e ética sem precedente, fruto da corrupção, que orbita no mundo político, mas com enorme sequela para a economia, num cenário de desconfiança no mercado e de que essa situação ainda perdure por mais tempo.
O problema é que o país já perdeu muito tempo. E recuperar o tempo perdido, será um exercício de paciência, de acreditar que tudo vai mudar. Mas, a passagem dessa tormenta depende hoje única e exclusivamente de se resolver essa equação política na qual o Brasil se encontra nos últimos dois anos.
A situação atual do Brasil não é sentida somente pelos brasileiros. No exterior, a imagem do país está arranhada, o que é muito ruim, e afasta ainda mais potenciais investidores.
E se não há investimentos, não há produção. Se não existe produção, não tem emprego. Esse o ciclo negativo pelo qual passa o Brasil. Os números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram claramente como uma coisa tem a ver com a outra. A taxa de desemprego no último trimestre, encerrado em maio, ficou 13,3%. Isso significa dizer que hoje existem 13,8 milhões de desempregados.
E como está a vida desses milhares de brasileiros? Com certeza de muita preocupação, de contas a pagar, de buscar formas de sobrevivência para si e suas famílias.
O famoso “jeitinho” brasileiro, que do ponto e vista da política e da corrupção tem outro conceito, tem sido a saída para a sobrevivência. Não por acaso que com o agravamento da crise econômica, aumentou o chamado empreendedorismo por necessidade.
De acordo com a Global Enterpreneurship Monitor (GEM), pesquisa da London Business School, realizada em 10 países, entre 2014 e 2015, o índice de empresas abertas por necessidade no país cresceu de 29% para 43,5%. Ou seja, a abertura de negócios por oportunidade está em numa curva decrescente, o que é ruim, pois os brasileiros estão buscando qualquer coisa para obter uma renda.
Mas, nesse universo de dados ruins, muitos trabalhadores, por conta própria, estão buscando se formalizar. Já são mais de 7,1 milhões de pessoas no país que se tornaram Microempreendedor Individual (MEI), aumento de 14,9% em 12 meses, conforme informações do Observatório Nacional do Mercado de Trabalho.
Somente a atividade de reparação de veículos automotores e motocicletas reúne 2,3 milhões de trabalhadores cadastrados no MEI em todo o país.
O estado de São Paulo lidera o número de MEIs no país, concentrando em torno de 1,8 milhão de microempreendedores, seguido pelo Rio de Janeiro, com 870.145 mil (12,2%), e Minas Gerais, com 786.703 pessoas. No Maranhão, esse contingente soma 93.735.
Além de ter seu próprio negócio e uma renda, a formalização propicia a esses microempreendedores o acesso a benefícios como auxílio-maternidade, auxílio-doença e aposentadoria.
Isso mostra que o brasileiro é trabalhador, que não necessariamente precisa fazer negociatas, que geralmente “sangram” os cofres púbicos em prejuízo da sociedade, para se dar bem na vida.
Esse é o Brasil que dá certo! De brasileiros que trabalham duro e honestamente.

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