Lideranças políticas da base aliada do governo no Congresso Nacional pressionam para o presidente Michel Temer retardar o cronograma de votação da proposta de Reforma da Previdência para uma maior discussão na Câmara dos Deputados. Para interromper o movimento, o governo armou uma contra ofensiva e integrantes do Planalto, da equipe econômica e da Câmara garantiram que o planejamento original será mantido. A avaliação é que um eventual adiamento seria prejudicial, com o risco de aumentar o desgaste do governo nas negociações do Congresso.
O prazo com o qual o governo trabalha para a aprovação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados permanece sendo final de abril, informou a Casa Civil. O ministro da pasta, Eliseu Padilha, é quem tem liderado as articulações do governo com os parlamentares para aprovação da emenda constitucional.
Já o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que continua com a previsão de pautar a PEC da reforma no plenário da Casa a partir da segunda quinzena de abril. Segundo ele, porém é possível que a votação só seja concluída na segunda semana de maio. A proposta precisa ser aprovada em dois turnos, com votos de pelo menos 308 dos 513 deputados.
Na comissão especial, o cronograma também segue "mantido", de acordo com o presidente do colegiado, deputado Carlos Marun (PMDB-MS). "Cronograma mantido. Março para ouvirmos contribuições externas na comissão e, após apresentação do relatório pelo relator, nos primeiros 15 dias de abril a votação", disse o peemedebista ao Broadcast.
"Não adianta mudar o calendário. Não vai melhorar a chance de aprovação. As posições não vão mudar. Pelo contrário, é mais desgaste", disse um integrante da equipe econômica. Segundo a fonte, o governo continua com o plano original. Assessores do presidente Michel Temer no Palácio do Planalto informaram que o prazos estão mantidos e não haverá adiamento.
A avaliação do governo é de que é preciso ter uma coordenação mais próxima com os líderes do governo para garantir a aprovação O diagnóstico é de que os parlamentares estão sendo bombardeados por informações equivocadas, inclusive de que não há déficit na Previdência. O governo vai reforçar a divulgação dos dados da Previdência e a campanha publicitária. "O Congresso está sendo bombardeado com informações distorcidas e mal intencionadas", disse a fonte.
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