Reza a lenda que uma serpente gigante cresce no subterrâneo de São Luís e quando sua cabeça e cauda se encontrarem, ela acordará e toda a ilha irá para o fundo do mar. A serpente já acordou. Não para levar a cidade para o fundo do oceano, mas para cair na folia. Sob o comando do Rei Momo o Bloco da Serpentina fez um cortejo pelo centro de São Luís no Sábado Gordo de Carnaval, arrastando consigo foliões cheios de disposição para festejar.
Este é o segundo Carnaval do bloco, que nasceu com a proposta de fazer um carnaval com paz e alegria, buscando a fraternidade entre os foliões. O Bloco da Serpentina nasceu no Carnaval 2016 pela união de um grupo de amigos que aos poucos foi dando forma à brincadeira. A cobra já nasceu fazendo barulho. No mesmo ano de seu nascimento já foi premiada no Laborarte como bloco revelação. O grande destaque do grupo é a composição própria de todas suas músicas. Dando uma característica própria à brincadeira, resgatando a tradição dos antigos carnavais de São Luís.
A concentração do bloco não poderia ser em outro ponto que não a Fonte do Ribeirão. É que segundo a lenda da Serpente de São Luís é sob a fonte que a cabeça do bicho está. De lá a serpente saiu, promovendo um cortejo que passou pela Rua do Sol, chegando à Praça João Lisboa, dando uma breve passada na Praça Benedito Leite e retornando para a Fonte do Ribeirão.
E, se atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu, atrás da serpente também só não vai quem não tem disposição. O que não era o caso do folião Marcelo Rodrigues que acompanhou todo o trajeto do bloco cantando a marchinha composta especialmente para a brincadeira. “Gosto da serpentina porque é um bloco alternativo, tem poucas pessoas. Dá para curtir com tranquilidade”, afirmou. Assim como Marcelo Rodrigues, diversos foliões, fantasiados ou não, acompanharam o cortejo do bloco.
Mas não foi apenas o Bloco da Serpentina que agitou o Sábado de Carnaval em São Luís. Com diferentes estilos e histórias, blocos fizeram a festa. Bloco alternativo e de nome irreverente, de sambistas, em homenagem à cultura afrobrasileira. E o carnaval ludovicense ainda tem espaço para o tambor de crioula, turmas de samba e tribos de índio.
Em diversos pontos do centro da cidade a folia era certa. Na Rua São Pantaleão, em frente à Casa das Minas, endereço referência para os adeptos de religiões de matriz africana em São Luís, o bloco afro Abiyeyê Maylô fez uma homenagem à Oxum. No Largo do Caroçudo, na Madre Deus, ritmistas de diversos blocos fizeram a animação dos foliões.
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