Ocupação

ONU diz que lei para colonos israelenses viola norma internacional

Lei aprovada prevê legalização de dezenas de colônias construídas em territórios privados na Cisjordânia ocupada

Atualizada em 11/10/2022 às 12h41
Os defensores dos direitos humanos e da causa palestina anunciam, além disso, que apelarão ao Supremo Tribunal israelense para que o texto seja anulado.
Os defensores dos direitos humanos e da causa palestina anunciam, além disso, que apelarão ao Supremo Tribunal israelense para que o texto seja anulado. (Onu)

ISRAEL - Uma nova lei israelense que legaliza dezenas de assentamentos israelenses na Cisjordânia é uma violação da lei internacional, disse o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, ontem.

"Esta lei é uma contravenção da lei internacional e terá amplas consequências legais para Israel", expressou Guterres em um comunicado.

A lei aprovada na segunda,6, prevê a legalização de dezenas de colônias israelenses construídas em territórios privados na Cisjordânia ocupada. A lei é aplicada a 16 colônias reconhecidas por Israel. A comunidade internacional considera todas as colônias ilegais. No total, ao menos 3.900 casas poderão ser regularizadas, segundo a ONG Paz Agora.

Pouco depois da aprovação da lei, na madrugada desta terça, os palestinos pediram de imediato à comunidade internacional que imponha sanções a Israel. O presidente palestino, Mahmud Abbas, afirmou nesta terça, em Paris, que a nova lei é uma "agressão contra o povo palestino".

Os defensores dos direitos humanos e da causa palestina anunciam, além disso, que apelarão ao Supremo Tribunal israelense para que o texto seja anulado.

Os que defendem o texto afirmam que permitirá que os colonos tenham uma vida normal sem medo de ser expulsos pela decisão da justiça israelense a pedido das organizações de esquerda. Muitos dos defensores da lei estão convencidos de que a Cisjordânia é biblicamente terra israelense.

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