SÃO LUÍS - Uma reunião, na sede das Promotorias de Justiça da Capital, na última quinta-feira, 19, que contou com a presença de diversos órgãos públicos, além do titular da 2ª Promotoria do Controle Externo da Atividade Policial, promotor Cláudio Guimarães,decidiu que todos os eventos de pré-Carnaval em São Luís, a serem realizados em áreas públicas só poderão ter sua licença aprovada se forem alocados na área do Centro Histórico, Madre Deus e Aterro do Bacanga. Além disso, está proibido o fechamento de espaços com o intuito de cobrança de entrada.
Segundo Cláudio Guimarães, a medida visa civilizar as brincadeiras nos bairros, que hoje não possuem a menor condição de segurança, limpeza urbana e controle, ficando apenas para os órgãos públicos arcarem com as despesas advindas da realização de um evento privado. “Esses eventos cobram entrada, lucram com a ocupação da área pública e a conta fica para o cidadão depois”, ressaltou Guimarães.
A deliberação veio após um apelo popular. Moradores do bairro Cohatrac denunciaram ao Ministério Público uma série de abusos que vinham ocorrendo durante as festa de pré-carnaval realizadas no bairro. Segundo a denúncia, as áreas eram fechadas e a quantidade de pessoas aglomeradas em um mesmo ponto não era condizente com o que o espaço oferecia. Além disso, havia o barulho alto, além do horário permitido, e a falta de educação dos foliões, que urinavam e sujavam as ruas.
Medida
A medida, no entanto, não proíbe a realização de festas de pré-carnavalescas em áreas privadas, ou seja, festas em casas de shows, boates e afins seguem liberadas, dentro do que diz a lei. No caso de o contrato social do estabelecimento não prever eventos de concentração pública com cobranças de entrada, tais como bares, lanchonetes, restaurantes, lava-jatos, etc, as festas deverão começar às 16h e finalizar às 22h.
Blocos de rua e charangas também não estão proibidos de saírem. Eles só não podem fazer o uso de trios elétricos e carros de som, que, segundo Guimarães, não fazem parte, tradicionalmente, do carnaval maranhense.
O documento ainda diz que a Prefeitura de São Luís deve providenciar a recuperação de toda a iluminação e infraestrutura das áreas permitidas para as festas, com o objetivo de atender bem aos cidadãos que forem participar das folias de carnaval e pré-carnaval.
Os órgãos que assinaram o documento, e que tem o poder de polícia dentro de suas respectivas áreas, também deverão expedir, ou cassar, as licenças e fiscalizar os eventos realizados.
SAIBA MAIS
Assinaram a deliberação os seguintes órgãos
Coronel Pedro Ribeiro – CPAM 1
Coronel Antônio Roberto dos Santos – Estado Maior da PM
Uthania Gonçalves – Delegacia de Costumes
Coronel Ernesto Luís França Sousa – Corpo de Bombeiros
Vagner Lima Maciel – Secretaria de Estado de Meio Ambiente
Márcio Aragão – Blitz Urbana
Pablo Jessé Silva Gonçaves – Superintêndencia de Vigilância Sanitária
Marcos Silva e Silva – 2ª USC
Adriano Medeiros de Sousa – SMTT
Saiba Mais
- Blitz Urbana e Semmam concluem ações de fiscalização em São Luís
- Assista ao debate sobre o lockdown musical em São Luís no Carnaval
- MPMA e Vigilância Sanitária realizam operação em Santa Helena e Turilândia
- Força-tarefa faz fiscalização para coibir aglomerações na Ilha
- Passistas de escolas fazem planos para Carnaval 2022
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.