Roma - O presidente da Itália, Sergio Mattarella, está consultando um total de 23 partidos para ajudá-lo a escolher o sucessor do primeiro-ministro demissionário Matteo Renzi, uma mostra do pouco progresso feito pelo país para reduzir sua fragmentação política. Renzi renunciou após sofrer uma derrota em um referendo sobre reforma constitucional no domingo passado.

Na sexta-feira, 9, e no sábado, 10, Mattarella irá se reunir separadamente com grupos de que poucos italianos ouviram falar, como o Partido Pensamento e Ação, o Partido Inovadores Cívicos e o partido "Fazendo!".

Além disso, várias das delegações que irão se encontrar com o presidente durante suas consultas formais são na verdade minicoalizões. O número total de movimentos no Parlamento é de cerca de 40.

O primeiro grupo a emergir das reuniões com Mattarella nesta sexta-feira falou sobre o encontro em alemão – eles representam a minoria austríaca da região fronteiriça do Tirol do Sul.

A Itália, que teve 63 governos nos últimos 70 anos, vem sofrendo com a fragmentação e a instabilidade desde a morte do ditador fascista Benito Mussolini em 1945.

Até o início dos anos 1990, um sistema eleitoral de representação proporcional (PR) era culpado por muitos por permitir o crescimento de pequenos partidos, mas desde que a PR pura foi extinta, em 1993, a fragmentação só piorou.

Para preservar sua existência nas eleições, os partidos nanicos se fundem em amplas coalizões, mas com frequência voltam a se dividir e mudar de nome e de lealdade assim que um novo Parlamento é formado.

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