BOGOTÁ - O presidente Juan Manuel Santos anunciou que o novo acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) será assinado hoje, em Bogotá, antes de ser submetido ao parlamento.
O chefe do grupo guerrilheiro, Rodrigo Londoño Echeverri, o Timochenko, já está na capital do país desde a última terça-feira, 22. Em um discurso em rede nacional, Santos afirmou que os negociadores trabalharam para alcançar uma "oportunidade única de fechar um capítulo doloroso" da história da Colômbia.
No entanto, ele reconheceu que o acordo não agradará a todos. "É assim com todos os tratados de paz, sempre haverá vozes críticas", declarou. O principal opositor de um entendimento com as Farc é Álvaro Uribe, antecessor do atual mandatário e que não apoiará o novo pacto, que mantém aberta a porta da política para os membros da guerrilha e não enquadra o narcotráfico como crime de lesa humanidade.
Além disso, o segundo acordo, assim como o anterior, não prevê que guerrilheiros cumpram pena em prisões comuns, como defende o grupo de Uribe. O primeiro acordo, assinado em Cartagena das Índias após anos de negociações, foi rejeitado por pouco mais de 50% dos eleitores que foram às urnas no referendo de 2 de outubro.
Governo brasileiro
A notícia sobre o novo acordo de paz, divulgada há dez dias, foi recebida com “grande satisfação” pelo governo brasileiro. Em nota divulgada no dia 13 deste mês, o Ministério das Relações Exteriores diz que o governo brasileiro espera que o novo texto obtenha o necessário apoio da cidadania colombiana e que o mesmo espírito de boa vontade e de reconciliação nacional prevaleça durante a implementação do acordo de paz.
“Como sempre, o Brasil continuará a contribuir, na medida de suas possibilidades e de acordo com o que solicite o governo colombiano, para que a paz chegue definitivamente à Colômbia, país vizinho e amigo ao qual, neste momento histórico, reiteramos nossas felicitações e nossa solidariedade”, diz o Itamaraty.
FRASE
“É assim com todos os tratados de paz, sempre haverá vozes críticas"
Juan Manuel Santos, presidente da Colômbia
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