Cobrança

Conselho de medicina reclama da precariedade nos socorrões e cobra prefeitura

Segundo o CRM, faltam materiais básicos, cirúrgicos e até de higiene nas duas unidades de saúde de São Luís

OESTADOMA.COM

Atualizada em 11/10/2022 às 12h44
Hospital Socorrão I foi um dos alvos da reclamação do CRM
Hospital Socorrão I foi um dos alvos da reclamação do CRM

SÃO LUÍS – Apesar dos esforços da Prefeitura de São Luís para garantir à população que os principais hospitais emergências da capital têm condições de receber pacientes com qualidade as denúncias sobre a situação precária do Socorrões I e II se acumulam. Não basta as reclamações diárias de pacientes e acompanhantes, agora os profissionais passaram a se mobilizar também. Em julho deste ano, a Associação de Médicos dos Socorrões (AMeS) já havia feito forte denúncia sobre o estado precário das instalações e a falta até de materiais básicos. Desta vez, foi o Conselho Regional de Medicina do Maranhão (CRM-MA) que se manifestou, nesta segunda-feira(24), via ofício, junto à Secretaria Municipal de Saúde (Semus) para reclamar providências urgentes.

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Por meio do seu presidente Abdon Murad, o CRM enviou ofício para a Semus, em nome da secretária municipal de saúde, Helena Duailibe, pedindo providências urgentes nos hospitais. “Este Conselho tomou conhecimento da precariedade na qual se encontram os Socorrões I e II, onde não existem materiais básicos, cirúrgicos e até de higiene”, cobrou o CRM.

Paciente em maca no corredor no hospital em registro no dia 23 de julho deste ano
Paciente em maca no corredor no hospital em registro no dia 23 de julho deste ano

No apelo dos médicos, as reclamações eram as mesmas. Segundo o presidente da AMeS disse em entrevista a O Estado, os hospitais vêm enfrentando vários problemas que tem interferido diretamente no atendimento oferecido aos pacientes e falta até materiais básicos. Não tinha soro também. A ortopedia infantil foi suspensa por falta de material. Todo dia está acontecendo isso aqui. Alguém precisa fazer alguma coisa”, afirmou à época, e parece que nada mudou.

Essa denúncia foi encaminhada ao Ministério Público (MP). A Promotoria de Justiça Especializada na Defesa da Saúde já ajuizou sete ações públicas pedindo que a Prefeitura melhore o atendimento oferecido.

Só o Socorrão I recebe, em média, 12 mil atendimentos mensais em urgências clínicas, cirúrgicas, ortopédicas, neurológicas e neurocirúrgicas de pacientes da capital e interior do estado.

Em nota, a Semus informa que vem realizando um amplo programa de reestruturação da rede pública municipal de saúde e fala dos investimentos feitos pela Prefeitura de São Luís no setor e cita benefícios feitos nas duas unidades citadas na reportagem e afirma que ainda não foi notificada pelo CRM.

Veja a nota da Semus na íntegra

"Pelo qual 30 unidades de saúde já foram reformadas. Já os hospitais municipais, a exemplo do Hospital da Criança está em obras de ampliação dos serviços ofertados e no número de leitos. O hospital Socorrão I teve a UTI ampliada, permitindo o funcionamento de mais 10 leitos. O hospital possui cerca de 150 leitos de retaguarda. No Socorrao II foi construído um novo espaço para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde foram instalados 11 novos leitos. Sobre o fornecimento de medicamentos na rede municipal, a Semus comunica que realiza com frequência a compra do quantitativo necessário para suprir a demanda, obedecendo a relação de fármacos e insumos definida pelo Ministério da Saúde, em conformidade com o nível de atenção prestado por cada unidade. A Secretaria esclarece, ainda, que eventuais desabastecimentos podem ocorrer devido a atrasos na entrega ou distribuição, no entanto, são situações pontuais imediatamente sanadas. Por fim, a Semus informa que ainda não foi notifica acerca do ofício expedido pelo Conselho Regional de Medicina".

Ofício enviado pelo CRM à Semus

Ofício do CRM
Ofício do CRM

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