Paralimpíadas

Terezinha afirma que não se sente frustrada

Após eliminação nos 100m e 200m, atleta ainda compete no revezamento 4x100m T11-13 e nos 400m, na tentativa de conquistar a medalha de ouro

Amanda Kestelman e Helena Rebello/Rio de Janeiro

Atualizada em 11/10/2022 às 12h45
Terezinha Guilhermina acena, de cabeça erguida, para a torcida ao lado do guia Rafael Lazarini/ Alaor Filho/MPIX/CPB
Terezinha Guilhermina acena, de cabeça erguida, para a torcida ao lado do guia Rafael Lazarini/ Alaor Filho/MPIX/CPB (Terezinha Guilhermina)

RIO DE JANEIRO

O discurso proferido após a eliminação nos 100m era de que a frustração não afetaria o desempenho nas provas seguintes. Com uma nova desclassificação, desta vez na final dos 200m, Terezinha Guilhermina continua afirmando que a cabeça está boa para as disputas que virão. Peça importante do revezamento feminino 4x100m T11-13 hoje e ainda com os 400m pela frente, a brasileira acredita que duas decepções ficarão no passado.

“Sou psicóloga e tenho uma psicóloga que me atende. Acabou a prova. O passado a gente não pode mudar, o que aconteceu eu não posso mudar. Dei descarga. Vou para a próxima prova livre, leve e solta para fazer melhor do que fiz até agora. Se for da vontade de Deus, vai acontecer. Se não for, vou continuar tentando”, disse.

Desclassificada da final dos 100m sob a alegação de ter sido puxada por seu guia, Rafael Lazarini, Terezinha sequer teve a chance de correr a final dos 200m por ter queimado a largada. Na fase classificatória e na semifinal a brasileira havia sido a mais veloz.

Surpresa

Nas entrevistas concedidas após a prova, Terezinha afirmou que ficou surpresa por ter queimado a largada pela primeira vez em sua carreira. Lembrou que a partida é justamente seu ponto fraco, com tempo de reação considerado alto em relação às marcas das adversárias.

“Eu não estava ansiosa em nenhum momento. Realmente foi um acidente. Minha reação não é boa, nunca foi. Sempre saio com 0s170. Acho que a reação mais forte da minha vida foi 0s150. Mesmo assim queimei. Tanto que não acredito até agora. Em 16 anos nunca queimei, não era para ter acontecido aqui. Mas Deus sabe das coisas. Talvez nesses 16 anos eu tenha construído uma imagem de um super-herói que não errava nunca. Hoje posso dizer para o mundo e para o Brasil que eu também erro. Eu não sou super-herói. Eu erro. Embora tenha acertado a maioria das vezes, hoje eu errei. Hoje me fiz tão humana quanto qualquer brasileiro. Não é por isso que minha história em quadrinhos deixa de existir”.

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