Perigo

Exposto, abrigo de resíduos de antiga maternidade oferece risco

Prédio onde funcionou a Maternidade Benedito Leite, no Centro, está abrigando o setor de pediatria do Hospital Municipal Djalma Marques, o Socorrão I, mas não há cuidado com o lixo hospitalar

Atualizada em 11/10/2022 às 12h51
Abrigo de resíduos está danificado e seringa, exposta na calçada
Abrigo de resíduos está danificado e seringa, exposta na calçada (Lixo)

O abrigo de resíduos externo do antigo prédio da Maternidade Benedito Leite está em condições pre­cárias. Por causa do tipo de resíduos, a estrutura oferece risco às pessoas que transitam na calçada da unidade de saúde. A estrutura está tomada por muita sujeira, o que tem atraído moscas e outros insetos, e fica aberto, o que permite o acesso de qualquer pessoa.

Ainda em 2014, o prédio que abrigou a maternidade foi cedido ao Município para ampliação do Socorrão I. A Maternidade Benedito foi instalada no bairro da Cohab, e o Governo do Estado ce­deu o prédio para internação de crianças do hospital de urgência e emergência.

Hoje, uma das estruturas da unidade que está em estado precário é o abrigo de resíduos hospitalares. De acordo com as normas de segurança, o abrigo deve ser identificado e restrito aos funcionários responsáveis pelo gerenciamento de resíduos. Deve-se sempre manter o local trancado, impedindo o acesso de pessoas não autorizadas. Além disso, os sacos plásticos que contêm lixo infectante não podem, em hipótese alguma, ficar em contato com o chão.

Descumpridas
Todas essas normas estão sendo descumpridas. O depósito está tomado por muito lixo, além dos sa­cos brancos e identificados, em que são descartados resíduos infectantes. Há muitas moscas, e o portão fica aberto, garantindo o acesso de qualquer pessoa que passe pela calçada. Na manhã de ontem, uma seringa estava jogada na calçada em frente ao abrigo.

Com todos esses problemas, a situação pode oferecer riscos às pessoas que transitam na região. A situação preocupa moradores e pedestres que passam pela unidade de saúde. “Isso é uma nojeira. Está certo que isso é lixo, mas deveria ser armazenado de um jeito mais correto”, disse o aposentado Jorge Vieira.

O Estado entrou com contato com a Prefeitura de São Luís para obter informações sobre o assunto, mas não obteve retorno até o fechamento desta página.

SAIBA MAIS

São considerados lixos infectantes (resíduos do grupo A, que apresentam riscos frente a presença de agentes biológicos):

  • Sangue hemoderivados;
  • Secreções, excreções e demais líquidos orgânicos;
  • Meios de cultura;
  • Órgãos, tecidos, peças anatômicas e fetos;
  • Filtros de gases aspirados provenientes de áreas contaminadas;
  • Resíduos (mesmo alimentares) provenientes de áreas de isolamento;
  • Resíduos gerados em laboratório de análises clínicas;
  • Resíduos gerados em unidade de atendimento ambiental;
  • Resíduos de sanitário de unidades de internação;
  • Objetos perfurocortantes que sejam provenientes de estabelecimentos que prestem serviços de saúde.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.