Davos

Papa pede a líderes mundiais que olhem para os pobres

Em mensagem aos participantes do Fórum Econômico Mundial, Francisco alertou a elite econômica para a responsabilidade que seus membros têm na promoção das desigualdades sociais no mundo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h51
O coordenador Klaus Schwab dá boas-vindas aos membros do fórum
O coordenador Klaus Schwab dá boas-vindas aos membros do fórum (Fórum)

DAVOS

Com o tema “Quarta revolução industrial”, líderes mundiais iniciaram ontem em Davos, na Suíça, a edição de 2016 do Fórum Econômico Mundial, que terminará sábado, 23. Na abertura do encontro, em mensagem lida por um cardeal do Vaticano, o papa Francisco disse para a abastada elite política e econômica mundial que eles não devem se fazer de surdos ao clamor dos pobres e que considerassem o próprio papel na criação de desigualdade.

O papa Francisco, que fez a defesa dos pobres, marca registrada de seu papado, disse que as empresas e as sociedades ricas devem reconhecer seu papel na criação da pobreza."Chorar a dor das outras pessoas não significa apenas partilhar o sofrimento, mas também, e acima de tudo, perceber que nossas ações são uma causa da injustiça e da desigualdade", disse o pontífice na mensagem.

Novas tecnologias, como a robótica, também não devem permitir a substituição de seres humanos por "máquinas sem alma", disse o pontífice para o Fórum Econômico Mundial em Davos.

O papa, que escreveu uma grande encíclica sobre mudança climática e proteção do meio ambiente no ano passado, também pediu aos líderes empresariais para que evitem que o planeta não se torne “um jardim vazio".

A reunião anual de Davos reúne muitos dos mais ricos e poderosos do mundo para tratar de questões como economia, mudança climática e guerra, visando buscar soluções para esses temas.Os líderes do Fórum Econômico Mundial deste ano estão temerosos com a economia dos países emergentes. Segundo Reuters, mais de US$ 1 trilhão em fluxos de investimentos já saíram dos mercados emergentes nos últimos 18 meses, mas o êxodo pode ainda não ter chegado nem na metade do caminho, com as outrora crescentes economias parecendo presas em um ciclo de baixo crescimento e investimento.

O encontro tem sido criticado por ativistas antiglobalização, entre outros, como um fórum para organizações que, em primeiro lugar, são responsáveis pelos problemas.Eles são impulsionados por relatórios como um da Oxfam, que estimou que 1% da população tem 99% da riqueza mundial. l

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