Vida de Estudante

Escolas públicas da rede municipal estão sucateadas

Há unidades com a fiação elétrica exposta, banheiros sem porta e sanitários inutilizados; Sindeducação alega que processo de sucateamento se acelerou a partir de 2009

Jock Dean/ O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h53

SÃO LUÍS - As paredes pichadas, car­teiras riscadas a lápis e mesas quebradas das escolas públicas da rede municipal de São Luís indicam que falta, por parte dos alunos, maior zelo com o patrimônio escolar. Mas a situação é agravada com a falta de zelo também da Prefeitura, só que aí o problema não é apenas uma parede pichada ou carteira riscada. Sem grandes reformas e a manutenção adequada, unidades de ensino da capital têm problemas de infraestrutura que comprometem o ensino e até a segurança dos alunos.

Algumas unidades de ensino não recebem sequer nova pintura há vários anos, como a Unidade de Educação Básica (UEB) Maria Amália Profeta, escola que atende alunos da educação infantil, na Rua da Juçara, no Coroadinho. Quem denuncia é Raimundo Nonato Galvão, que mora em uma casa em frente à escola há mais de 20 anos. “Posso informar com certeza que há pelo menos quatro anos essa escola não tem a fachada pintada, e a última reforma que fizeram nela foi ainda com Jackson Lago na Prefeitura”, afirmou.

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Problemas
E as fachadas deterioradas das escolas de São Luís são uma mostra de como está sua infraestrutura. Há fiação elétrica exposta, deixando os alunos sob o risco de acidente, com janelas danificadas e consertadas provisoriamente com tábuas. Muitas estão sem portas nos banheiros e até com sanitários sem condição de uso. Mes­mo com os últimos casos de violência ocorridos nas unidades de ensino da capital, há aquelas cujos mu­ros desabaram e ainda não foram reconstruídos.

Segundo o Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Municipal de São Luís (Sindeducação), o processo de sucateamen­­to das escolas da rede municipal acelerou-se a partir de 2009. “De lá para cá, não houve reformas nas escolas. O que há é pintura ou a manutenção corretiva, mas nada mais profundo pa­ra melhorar a infraestrutura das escolas. Temos unidades que sem abastecimento d’água adequado, com problemas nas insta­­lações hidráulicas e no sistema elétrico. As reformas de fachada que são feitas não resolvem esses problemas”, disse Elisabeth Castelo Branco, presidente do Sindeducação.

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