18 de julho de 2013. A data ficou marcada para o empresário Bruno Dumard, de 39 anos, como o dia em que ele viveu um milagre. Vítima de uma tentativa de assalto, levou um tiro no rosto e, contrariando os 30% de chances de sobreviver, uma provável tetraplegia e cegueira, ele se recuperou após cuspir a bala, que havia sido deixada pelos médicos onde se alojou pelo risco da cirurgia.
Bruno Dumard nem viu direito o que aconteceu. Era acostumado a passar pela Avenida General Arthur Carvalho e só lembra de ter visto dois homens se aproximando do carro após ser alertado pela esposa Simoni Dumard. Só teve tempo de travar as portas, antes de ouvir o barulho do tiro. Quando se deu conta, havia cuspido parte da sua gengiva e os dentes, o que o impedia de dizer algo. A bala entrou dois centímetros abaixo do seu olho esquerdo e desfigurou completamente todo aquele lado do seu rosto. Quem viu o ferimento se espantou pelo fato dele ter sobrevivido.
“Fui levado para o Socorrão II [Hospital Clementino Moura] e a cirurgiã de plantão Sarita Guimarães, após ver o meu laudo, disse que teria apenas 30% de chances de sobreviver e provavelmente ficaria tetraplégico e cego do olho esquerdo, porque a bala que me atingiu era dundum [projétil de armas de fogo concebido para se expandir e fragmentar durante o impacto] e o restante dela foi parar a três milímetros da minha medula, entre as minhas vértebras um e três”, conta.
Na cirurgia que reconstituiu seu rosto, os médicos preferiram não retirar a bala, devido a sua localização e o risco de deixar o paciente tetraplégico, além de outras sequelas. Bruno Dumard ficou em coma por três dias, mas assim que despertou causou espanto nos especialistas que o operaram, pois estava mexendo os braços e as pernas. “Os médicos disseram que aqueles movimentos eram involuntários e que logo eu os perderia, porque até um simples banho faria com que a bala tocasse minha medula. Eu escutava tudo aquilo calado e pedia a Deus para não ficar tetraplégico”, diz.
Milagre
Amigos e familiares de Bruno Dumard levaram o bispo Mário Porto, da Igreja Comunidade Viva, para lhe dar a bênção. “Naquele dia, sonhei com uma nuvem, que se transformou no rosto de um homem que disse que iria me operar. Acordei com a enfermeira trazendo o meu jantar, uma sopa, mas antes lhe pedi que me desse um copo d’água, porque estava com a boca seca. Ela pediu que em bebesse devagar, mas uma voz me disse para beber tudo de uma vez só. Obedeci a voz, me engasguei e para meu espanto cuspi a bala que estava alojada perto da minha medula”, relata.
Para Bruno Dumard, o que aconteceu com ele foi um milagre. Ele conta que não tinha como a bala sair de onde estava para a sua boca. Por isso foi submetido a uma endoscopia, pois os médicos temiam que houvesse uma fissura no céu da sua boca, por onde teria passado a bala, e que poderia morrer de hemorragia. “Um endoscopia dura em média 10 minutos. A minha durou 30 minutos, e os médicos não encontraram nenhum ferimento. Eles são céticos pela profissão, mas foram obrigados a admitir que foi um milagre, porque a bala saiu da minha cabeça, apesar de não haver nenhum local para ela passar”, explica.
Depois, voltou a sonhar que estava dando o seu testemunho em um templo evangélico diferente do que frequentava e, para o seu espanto, o local onde foi levado para a sua família assim que saiu do hospital era idêntico ao sonho. “Sei como se sentem as pessoas que dão testemunho, pois é realmente difícil de acreditar que existe um Deus vivo que opera milagres. Foi preciso eu ser meio São Tomé para acreditar”, afirma.
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