Agiotagem

Agiotagem: TJ desbloqueia R$ 1 milhão de empresa

Firma entrou com recurso na Justiça argumentando que um dos acusados de participar de esquema de agiotagem deixou de ser sócio da empresa em 1998

Gilberto Léda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h58

O desembargador Raimundo Melo, do Tribunal de Justiça (TJ) do Maranhão, deferiu pedido da Linuxcell Informática e determinou, na semana passada, o desbloqueio de R$ 1 milhão e a restituição de bens da empresa que haviam sido apreendidos no bojo das operações
Maharaja e "Morta-Viva", da Polícia Civil e do Ministério Público. Ela foi arrolada entre os integrantes do esquema de agiotagem após o MP apontá-la como uma espécie de "lavanderia" que atuava nas prefeituras de Marajá do Sena e Zé Doca.
Ao decidir sobre o caso, Raimundo Melo acatou os argumentos de que a Linuxcell foi incluída por engano entre os investigados.
"A requerente comprovou de forma induvidosa que um dos investigados nas operações policiais e ministeriais, o senhor Francisco de Jesus Silva Soares, não mais fazia parte da administração da empresa", despachou o magistrado.
Segundo a Linuxcell, Francisco de Jesus Silva Soares - apontado como um dos integrantes do esquema de agiotagem que atuava nas prefeituras de Marajá do Sena e Zé Doca - saiu do quadro societário em 1998, mas teve o nome retirado apenas do registro na Junta Comercial, permanecendo nos arquivos da Receita Federal "por descuido do contador da empresa".
"[A aparição do nome de Francisco de Jesus entre os sócios] foi surpresa para atuais sócios da referida empresa, que somente nesta data (05.05.2015) ficaram sabendo deste fato", diz o texto da petição.
Em contato com O Estado, o advogado Elson Fagundes acrescentou que a Linuxcell Informática não se trata de empresa "laranja", que tem mais de 100 funcionários em seus quadros e que os recursos bloqueados são oriundos de contratos com o Estado e a Prefeitura de São Luís.
"Este bloqueio causou grandes dificuldades e prejuízos, vez que impossibilitou a empresa de honrar seus compromissos junto a fornecedores. E causará ainda mais, haja vista que não poderá pagar os salários de seus 102 empregados", relatou ele na peça.

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