IMPERATRIZ - A família de Mirian Lira Rocha, de 32 anos, informou que ela foi extubada na tarde deste domingo (20) e apresentou melhora em seu estado de saúde. Mirian estava internada em estado grave após sofrer uma intoxicação alimentar após comer um ovo de Páscoa. A filha, Evely Fernanda Costa Silva, de 13 anos, segue internada em estado grave.
Apesar da evolução clínica, Mirian Lira segue sob cuidados médicos e está na enfermaria. Com o suporte de psicólogos, ela já foi informada sobre a morte de seu filho de sete anos, também intoxicado após comer o ovo de páscoa.
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O último boletim médico foi divulgado no sábado (19). Nele, havia a informação de que Mirian apresentava uma "discreta melhora", mas permanecia em estado grave. Já a filha dela, apresentava uma evolução estável.
A Polícia Civil investiga o caso como possível envenenamento. A principal suspeita, uma mulher identificada como ex-companheira do atual namorado de Mirian, foi transferida para um presídio em São Luís. Ela teria entregado o ovo de Páscoa às vítimas, supostamente adulterado com substância tóxica.
O que se sabe sobre a suspeita?
Jordélia Pereira Barbosa, de 35 anos, foi transferida nesse domingo (20) para a Unidade Prisional de Ressocialização Feminina de São Luís (UPFEM). A prisão preventiva de Jordélia Pereira Barbosa foi decretada durante a audiência de custódia realizada na sexta-feira (18). Ela estava presa em Santa Inês (MA) e, segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP), ela deve permanecer no presídio à disposição da Justiça durante o curso das investigações.
Três familiares comeram o ovo de Páscoa suspeito de estar envenenado. Um menino de 7 anos morreu, na quinta-feira (17) e foi enterrado nessa sexta-feira (18).
A mulher é ex-companheira do atual namorado de Mirian Lira, uma das vítimas. Em depoimento, ela confessou ter comprado o chocolate, mas nega ter colocado veneno. De acordo com as investigações, o crime teria sido motivado por ciúmes e vingança. A polícia realiza perícias para saber se havia veneno no chocolate e determinar qual a causa da morte da criança.
Segundo a polícia, Jordélia teria cometido o crime por ciúmes e vingança. Em depoimento, ela confessou ter comprado o chocolate, mas negou ter colocado qualquer veneno. A investigação contou com análises de câmeras de segurança, comprovantes de compras e depoimentos.
A Polícia Civil começou a apurar o caso ainda na noite de quinta-feira (16), com base no depoimento do namorado de Mirian, que levantou a possibilidade de envolvimento de uma ex-esposa. As investigações seguiram e, ao longo do processo, surgiram diversos indícios:
Hospedagem em hotel: Jordélia, moradora de Santa Inês (MA), se hospedou em Imperatriz na noite de 16 de abril. Imagens de câmeras de segurança a mostram deitada em um dos sofás da recepção.
Compra de chocolate: No mesmo dia, Jordélia foi até uma loja de chocolates na cidade e realizou a compra. Câmeras do estabelecimento registraram ela usando disfarce com óculos e peruca preta.
Depoimento de familiares: A irmã de Mirian relatou que, após o recebimento do chocolate, a vítima recebeu uma ligação de uma mulher perguntando se o ovo havia chegado. Quando Mirian perguntou quem falava, a mulher respondeu apenas que "ela saberia" quem era.
A polícia acompanhou os passos de Jordélia e descobriu que ela retornou para Santa Inês após a entrega do chocolate. Ela foi presa ao descer de um ônibus intermunicipal, e com ela foram encontradas provas que podem ligá-la ao crime:
- Duas perucas, uma loira e outra preta, além de restos de chocolates foram apreendidos.
- Bilhetes de passagem, sendo um deles comprado no dia 14 de abril, dois dias antes da entrega feita por um mototaxista à família.
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