Depoimento

Suspeitos vão à Seic, mas ficam em silêncio sobre caso do carro com mais de R$ 1 milhão

Depoimentos seriam colhidos nessa terça (6), porém Guilherme Ferreira Teixeira e Carlos Augusto Diniz da Costa ficaram calados.

Imiarnte, com informações da TV Mirante e g1 MA

Atualizada em 07/08/2024 às 07h34
Suspeitos ficaram calados em depoimento. (Foto: Reprodução/TV Mirante)
Suspeitos ficaram calados em depoimento. (Foto: Reprodução/TV Mirante)

SÃO LUÍS - Os dois suspeitos de envolvimento no caso do carro com mais de R$ 1 milhão no porta-malas, abandonado na rua das Andirobas, no bairro Renascença, em São Luís, ficaram em silêncio durante o interrogatório na Superintendência de Investigações Criminais (Seic). 

Os depoimentos seriam colhidos na tarde dessa terça-feira (6), porém os suspeitos permaneceram calados. Guilherme Ferreira Teixeira, ex-assessor do deputado estadual Fernando Braide, e Carlos Augusto Diniz da Costa, ex-funcionário da Prefeitura de São Luís, estavam acompanhados de seus advogados. Sem responder nenhuma pergunta do delegado, eles foram liberados.

Dinheiro foi encontrado no porta-malas de um veículo abandonado. (Foto: Divulgação)
Dinheiro foi encontrado no porta-malas de um veículo abandonado. (Foto: Divulgação)

A defesa de Carlos Augusto informou que irá analisar as acusações para marcar uma nova data para prestar depoimento. Já a defesa de Guilherme Ferreira aguarda o acesso as acusações. A defesa de ambos não mencionou qual é o envolvimento dos suspeitos em relação ao abandono do carro que tinha mais de R$ 1 milhão no porta-malas.

A Polícia Civil do Maranhão cumpriu, na manhã dessa terça-feira, mandados de busca e apreensão contra Guilherme Ferreira Teixeira e Carlos Augusto Diniz da Costa. Guilherme foi quem dirigiu o carro, e Carlos Augusto se apresentou como dono do Clio, no dia em que a Polícia Militar encontrou o veículo com dinheiro.

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Já foram apreendidos documentos e celulares para serem analisados. O objetivo é entender qual é a origem do dinheiro e qual o caminho que ele percorreu até que fosse encontrado nas malas do veículo.

Clio vermelho com mais de R$ 1 milhão

R$ 1.109.350,00! Esse é o valor contabilizado pela Seic após apreensão do Clio vermelho. Ele ficou estacionado em frente, mas do lado oposto da rua, ao número 20, onde, segundo dados da Receita Federal, funciona a empresa C. S. Loiola Braide, de propriedade da médica Clarice Sereno Loiola Braide.

Ela é esposa de Antônio Salim Braide, irmão do prefeito e do deputado, que não chegou a ser intimado para depor, mas enviou um advogado espontaneamente à sede da Seic para se colocar à disposição dos investigadores. O Imirante procurou o defensor em busca de um posicionamento, e a guarda retorno.

Apesar de ter como atividade econômica principal “atividade médica ambulatorial restrita a consultas”, o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) aponta como nome fantasia “Café e Companhia”.

Registro da empresa aponta atividades médicas como atividade principal
Registro da empresa aponta atividades médicas como atividade principal

Segundo carro

Depois de já ter identificado e intimado duas pessoas diretamente ligadas ao carro modelo Clio, de cor vermelha, onde foram encontrados mais de R$ 1 milhão, a Seic tenta descobrir quem era o motorista do Fit Preto, que aparece em imagens ‘resgatando’ Guilherme Ferreira Texeira. 

O veículo preto, segundo a polícia, está registrado no nome da mãe do prefeito Eduardo Braide (PSD), que faleceu em 2010. Guilherme, que é flagrado saindo do carro com R$ 1 milhão e entrando neste segundo automóvel, atuava até então como assessor parlamentar na Assembleia Legislativa, lotado no gabinete do suplente Soldado Leite, que substitui o deputado licenciado Fernando Braide (PSD), irmão do prefeito da capital. 

Para a Polícia Civil, identificar quem estava guiando o segundo veículo será fundamental para o avanço das investigações. Os policiais tentam desvendar qual era a origem do dinheiro e onde o montante seria aplicado. 

A suspeita é de que as cédulas seriam utilizadas no processo eleitoral, segundo afirmou o Superintendente da Seic, delegado Augusto Barros.

Outro lado

O Imirante entrou em contato com a Prefeitura de São Luís e aguarda posicionamento sobre o assunto. O prefeito Eduardo Braide ainda não se manifestou, mesmo procurado, a respeito do tema. 

Já o deputado estadual licenciado Fernando Braide afirmou que está acompanhando a apuração dos fatos pelas autoridades competentes. 

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