SÃO LUÍS - Depois de já ter identificado e intimado duas pessoas diretamente ligadas ao carro modelo Clio, de cor vermelha, onde foram encontrados mais de R$ 1 milhão na Rua das Andirobas, no bairro Renascença, a Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) busca agora descobrir quem era o motorista do Fit Preto, que aparece em imagens ‘resgatando’ Guilherme Ferreira Texeira.
O veículo preto, segundo a polícia, está registrado no nome da mãe do prefeito Eduardo Braide (PSD), que faleceu em 2010. Guilherme, que é flagrado saindo do carro com R$ 1 milhão e entrando neste segundo automóvel, atuava até então como assessor parlamentar na Assembleia Legislativa, lotado no gabinete do suplente Soldado Leite, que substitui o deputado licenciado Fernando Braide (PSD), irmão do prefeito da capital.
Para a Polícia Civil, identificar quem estava guiando o segundo veículo será fundamental para o avanço das investigações. Os policiais tentam desvendar qual era a origem do dinheiro e onde o montante seria aplicado.
A suspeita é de que as cédulas seria utilizadas no processo eleitoral, segundo afirmou o superintendente da Seic em entrevista, delegado Augusto Barros.
Ex-assessores
Guilherme Ferreira Teixeira pertencia ao gabinete de Fernando Braide, e em decorrência da licença do parlamentar, permaneceu na mesma estrutura da pasta, à disposição do suplente, Soldado Leite.
Antes de trabalhar com Fernando Braide ele já havia atuado como assessor parlamentar de Eduardo Braide na Câmara Federal e na estrutura da Prefeitura de São Luís, depois de Braide ter sido eleito para o comando do Palácio La Ravardière. Guilherme foi exonerado do cargo no Legislativo Estadual na semana passada.
Antes dele já havia sido exonerado da estrutura da Secretaria Municipal de Informação e Tecnologia (Semit), Carlos Augusto Diniz da Costa, conhecido como 'Makilas'.
Ele é o homem que aparece em reportagem da TV Mirante conversando com policiais, na ocasião em que o carro com R$ 1 milhão foi localizado no Renascença.
Naquela ocasião ele se apresentou como proprietário do veículo, mas alegou que o havia emprestado a outra pessoa.
Levado a depor na sede da Seic, no entanto, ele preferiu ficar calado, sem declinar quem teria sido o destinatário do veículo. Nesta semana ele também deve depor à polícia civil.
Não se sabe até o momento quem estava dirigindo o FIT preto, registrado no nome da mãe de Fernando e Eduardo Braide.
Outro lado
O Imirante entrou em contato com a Prefeitura de São Luís e aguarda posicionamento sobre o assunto. O prefeito Eduardo Braide ainda não se manifestou, mesmo procurado, a respeito do tema.
Já o deputado estadual licenciado Fernando Braide afirmou que está acompanhando a apuração dos fatos pelas autoridades competentes.
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