Mais dinheiro

Gestão Braide paga mais R$ 1,9 milhão ao instituto Juju e Cacaia

Acréscimo no valor contratado foi pedido pela entidade.

Gilberto Léda/ipolítica

Atualizada em 27/04/2024 às 07h29

SÃO LUÍS - Após acatar uma recomendação do Ministério Público do Maranhão (MPMA) e retomar o contrato firmado com Instituto Juju e Cacaia - Tu és uma Benção para a execução do carnaval 2024, a gestão do prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), autorizou o pagamento de um aditivo de R$ 1,9 milhão à entidade, o que fez o contrato inicial saltar de R$ 6.996.731,60 para R$ 8.916.905,54.

A solicitação de acréscimo no valor do contrato foi feita pelo próprio instituto, sob a alegação de que “devido a circunstâncias externas à esfera de controle do município, o projeto foi alterado […], com mudanças significativas e um aumento no investimento em equipamentos para atender à demanda do público”.

Ao despachar o caso, o servidor Luis Henrique Sardinha Almeida, da Secretaria Municipal de Cultura (Secult), emitiu parecer segundo o qual “a situação em apreço possui legalidade amparada na Lei Nº 13.019/2014 e no Decreto Municipal n° 49.304/2017 e não apresenta quaisquer impedimentos, de cunho legal, que obste o deferimento do pleito formulado”. O documento ‘é do dia 19 de abril, e foi publicado na edição de quarta-feira (24) do Diário Oficial do Município (DOM).

 

Cr'dito suplementar foi aberto um dia antes da assinatura de aditivo
Cr'dito suplementar foi aberto um dia antes da assinatura de aditivo

Antes, no dia 18 de abril, o prefeito da capital maranhense assinou um decreto abrindo um crédito suplementar à Secult, no valor de exatos R$ 1.920.173,54. O ato foi publicado também na quinta.

Polêmica - O instituto Juju e Cacaia esteve no centro de uma polêmica e mal explicada série de demissões em meio à organização do Carnaval de São Luís.

Após o Imirante revelar o contrato entre a entidade - que ‘reconhecida na Cidade Olimpica por tocar uma escola comunitária - e a Secult, no valor de R$ 6,9 milhões, a gestão municipal apressou-se em anular o termo de colaboração e abrir uma sindicância para “apurar eventuais falhas na análise da habilitação" do Juju e Cacaia.

Na sequência, dois servidores foram demitidos. E, por fim, caiu o então titular da pasta, o músico Marco Duailibe. Todos os envolvidos no caso negam qualquer ilegalidade, e a Prefeitura de São Luís nunca explicou porque o contrato foi anulado, um procedimento de apuração foi aberto e auxiliares foram demitidos.

Após semanas de impasse, baseada numa recomendação do Ministério Público, o contrato foi restabelecido.

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