SÃO LUÍS - Profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) realizaram na manhã desta quinta-feira (28) uma paralisação de advertência devido à longa espera pelo reajuste salarial e também pelas condições de trabalho que enfrentam. O movimento ocorreu na porta da sede do Samu, no bairro Filipinho, em São Luís.
A ideia foi parar as atividades por duas horas, com início às 7h. A manifestação ocorre porque a categoria não tem reposição salarial desde 2016, segundo o presidente da Associação dos Servidores Municipais do Samu, Torquato Martins. Além disso, eles reclamam da redução no número de ambulâncias, falta de material para os primeiros socorros e estrutura precária do prédio do Samu.
A categoria pede ainda:
- Aumento de 30% na gratificação de motoristas;
- Mudança da nomenclatura dos condutores;
- Nova frota de ambulâncias e nova sede
Recentemente, uma ambulância chegou a pegar fogo durante as operações na rua. Outra reivindicação é que das 13 ambulâncias, quatro estão paradas por problemas mecânicos, prejudicando o atendimento de urgência em São Luís.
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) disse que não procede a denúncia sobre falta de material, que há 13 ambulâncias em atividade e mais três na reserva. Leia na íntegra:
"A Secretaria Municipal de Saúde (Semus) informa que não procede a denúncia sobre falta de materiais para atendimento, e ressalta que, atualmente, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) possui 13 ambulâncias em atividade, sendo 10 de suporte básico e três de suporte avançado, além de três ambulâncias de reserva técnica.
A Semus comunica, ainda, que a renovação da frota de veículos do SAMU é de responsabilidade do Ministério da Saúde e que há vários anos não é executada. Em relação aos salários, todos os pagamentos estão em dia e o pedido de reajuste foi recebido e encaminhado análise".
Paralisação há alguns meses
Em agosto do ano passado, os profissionais do Samu, em São Luís, já tinham chamado atenção para os mesmos problemas com uma paralisação de advertência. Eles reclamavam desde aquela época da defasagem salarial. Por algumas horas, apenas 30% do serviço operou na capital, sendo normalizado depois.
A Secretaria Municipal de Saúde (Semus) disse na época que esteve reunida com representantes do Samu e que algumas solicitações da categoria foram atendidas.
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