SÃO LUÍS - O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizou um estudo inédito que indicou que, em 2022, o Maranhão tinha, no último trimestre, 27 mil pessoas trabalhando por meio de plataformas digitais de serviços ou de trabalho.
Desse total de 27 mil pessoas, 17 mil (0,8%) usava aplicativos de serviços no trabalho principal, enquanto o restante usavam as plataformas do tipo comércio.
Um exemplo de trabalho por plataforma digital são os motoristas de aplicativo, presentes na maioria dos grandes centros urbanos. Também há os entregadores e outras pessoas que utilizam apps para prestar seus serviços, tanto gerais (eletricistas e faxineiros, por exemplo), como profissionais (serviços de TI e programação, tradução, redação, design, etc).
Horas trabalhadas e salário no Maranhão
No Maranhão, as pessoas que usavam os aplicativos como ocupação, em 2022, trabalhavam em média, 42,3 horas semanais, o que está acima da média dos demais tipos de trabalhadores, que tem uma carga horária de 36,7 horas.
Em relação ao salário, o rendimento médio mensal do maranhense é de R$ 1.440, enquanto quem trabalhava apenas por aplicativo recebe um pouco menos: R$ 1.437.
Em números nacionais, as pessoas que trabalham por meio de plataformas e aplicativos digitais de serviços ganham, em média, dois salários mínimos e têm jornadas acima de 40 horas semanais.
Teletrabalho no Maranhão
A pesquisa do IBGE também levantou informações sobre o teletrabalho, em 2022. No Brasil, o rendimento médio mensal das pessoas ocupadas integralmente ou parcialmente com teletrabalho foi 2,7 vezes superior ao daquelas que não usaram o teletrabalho: R$ 6.479 contra R$ 2.398. O rendimento médio mensal geral, teletrabalhadores e não teletrabalhadores, foi de R$ 2.714.
No caso do Maranhão, porém, a diferença a favor dos teletrabalhadores também ocorreu, embora em patamar pouco menor: 2,4 a mais. Enquanto teletrabalhadores no Maranhão auferiram renda mensal de R$ 3.843, os não teletrabalhadores foi de R$ 1.577.
Brasil tem 2,1 milhões de trabalhadores por aplicativo
A população ocupada de 14 anos ou mais de idade no setor privado - sem incluir empregados no setor público e militares - foi estimada em 87,2 milhões de pessoas no quarto trimestre do ano passado.
Deste total, 2,1 milhões realizavam trabalhos por meio de plataformas digitais, que são os aplicativos de serviços, ou obtinham clientes e vendas por meio de comércio eletrônico, tendo a atividade como ocupação principal. Deste total, 1,5 milhão mil pessoas - ou 1,7% da população ocupada no setor privado - usavam aplicativos de serviços e 628 mil as plataformas de comércio eletrônico.
Os dados fazem parte do módulo Teletrabalho e Trabalho por Meio de Plataformas Digitais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgados pela primeira vez, nesta quarta-feira (25), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o órgão, “as estatísticas são experimentais, ou seja, estão em fase de teste e sob avaliação”.
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