SÃO LUÍS - Quase 8h da manhã, aquele horário de correria para chegar ao trabalho, escola ou faculdade, muita gente nas paradas, ônibus lotados... O dia a dia da população que depende do transporte público começa caótico. E se engana quem pensa que a situação não tem como piorar.
Na manhã de ontem, primeiro dia do mês, na avenida Jerônimo de Albuquerque, no Bequimão e na Cohab, uma surpresa desagradável: falhas mecânicas em dois ônibus interromperam as viagens deixando os passageiros no caminho.
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Segundo nota da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), os passageiros prejudicados foram realocados em outros coletivos. Foi constatado que houve problemas mecânicos. Os consórcios responsáveis pelos ônibus no “prego”, Upaon Açu e Via SL, foram acionados para a remoção dos veículos, ainda de acordo com a pasta.
Imagens registradas por uma usuária do transporte público da capital foram enviadas ao WhatsApp do Imirante (98 99209-2383). Insatisfeita, ela mostrou um ônibus no “prego” (vídeo acima) e também a superlotação.
O cenário não é de hoje. A população que depende dos coletivos está pagando mais caro para usufruir dos serviços nestas condições. A tarifa de ônibus aumentou 30 centavos no último dia 19 de fevereiro. Os preços das passagens subiram para R$ 3,70 (linhas não integradas) e R$ 4,20 (linhas integradas).
Em seguida, as linhas que operam no sistema semiurbano de passageiros e Expresso Metropolitano também tiveram aumento da tarifa.
Ontem, o Instituto de Promoção e Defesa do Cidadão e Consumidor do Maranhão (Procon-MA) ajuizou uma Ação Civil Pública (ACP) para reduzir o valor das passagens de ônibus em São Luís.
Entre os pontos questionados pelo Procon-MA, e que deverão ser explicados pela gestão municipal, estão a composição do cálculo que levou ao reajuste de R$ 0,30, assim como o não cumprimento da obrigatoriedade de oferta de ar-condicionado em 80% da frota em circulação na cidade, ambos presentes no Contrato de Concessão que regulamenta a prestação do serviço de transporte coletivo na capital maranhense (nº 017/2016).
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