SÃO LUÍS - Os vereadores Beto Castro (PMB), integrantes do Coletivo Nós (PT), Álvaro Pires (PMN) e Octávio Soeiro (Podemos) repudiaram em seus perfis em rede social, o reajuste de R$ 0,30 da tarifa de ônibus de São Luís anunciado na última quarta-feira pelo prefeito Eduardo Braide (PSD).
O reajuste ocorreu em meio o imbróglio travado entre o Sindicato dos Rodoviários e o Sindicato das Empresas de Transporte (SET), com a ameaça de greve de ônibus.
O reajuste entra e vigor a partir de 0h deste domingo (19), quando são realizadas as festividades do Carnaval 2023.
O co-vereador Eni Ribeiro, do Coletivo Nós (PT) disse que o aumento no valor das passagens é imoral e ilegal.
“Com base nas investigações da CPI dos Transportes, tenho a firmeza em dizer que esse reajuste é completamente equivocado, imoral e ilegal. Já descobrimos que os empresários dos transportes de São Luís não pagam multas resultantes das infrações de trânsito. Cabe ao Sistema de Justiça, através das autoridades judiciárias (inclusive, do Ministério Público) abrir inquéritos e apurar denúncias, mas até o momento nada aconteceu”, declarou.
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Qualidade
Já o vereador Beto Castro (PMB) cobrou das empresas um serviço de transporte público de maior qualidade ao usuário da capital.
“Precisamos discutir o que é melhor para os usuários de transporte coletivo e não para os empresários. Todo ano a população sofre com isso. A prefeitura aumenta o valor da tarifa, mas não cobra a qualidade do serviço”, disse.
Álvaro Pires (PMN) defendeu a instituição de subsídios, para que o usuário não seja penalizado com os reajustes anuais da tarifa.
“Aumento da tarifa pública no sistema de transporte é algo sempre muito dolorido. Por isso, acredito que precisamos pensar em outras alternativas para custear o sistema para não ficar agregado apenas ao trabalhador que usa transporte”, opinou.
Octávio Soeiro (Podemos), por sua vez, disse que o Poder Executivo precisa abrir diálogo com o Legislativo sobre o tema.
“Precisamos criar uma Agência Municipal ou um Conselho de Transporte para deliberar temas como esses. Não podemos discutir esse assunto apenas quando se inicia um debate sobre greve ou aumento de passagem”, pontuou.
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