SÃO LUÍS - Os ânimos ficaram acirrados na manhã nesta sexta-feira (2) entre vereadores e os secretários municipais Enéas Fernandes (Governo), Joel Nunes (Saúde), Simão Cirineu (Planejamento) e José Azzolini (Fazenda). A troca de acusações e agressões aconteceram durante audiência pública para discutir emendas parlamentares impositivas. O vereador Umbelino Jr (PRTB) chegou a pedir a prisão de Enéas Fernandes e ameaçar o prefeito Eduardo Braide (PSD) de cassação após secretário dar a entender que o não pagamento de emendas se deu por incapacidade técnica dos parlamentares.
O evento foi aberto pelo vereador Marquinhos Silva (UNIÂO), que iniciou os trabalhos reclamando da relação entre Legislaivo e Executivo. “O que se percebe é que o prefeito Eduardo Braide não respeita o poder legislativo, ele quer governar sem essas prerrogativas, dessa forma não tem como haver harmonia entre os dois poderes”, disse.
Marquinhos lembrou que a Lei Orçamentária Anual (LOA) foi desconsiderada pelo prefeito Eduardo Braide. “O prefeito promulgou a lei da maneira que ele mandou para cá, do mesmo jeito que veio, voltou. Ele não respeitou o poder desta Casa Legislativa. Ele não promulgou a LOA da maneira que a Câmara de São Luís aprovou, com as emendas. Isso é algo extremamente sério, que cabe diversas penalidades ao executivo”, explicou.
O vereador Aldir Júnior (PL) questionou Enéas Fernandes sobre possíveis beneficiamentos de parlamentares que apoiam o prefeito. “É de conhecimento geral que todas as emendas da saúde desses vereadores foram pagas. Por que as emendas dos demais vereadores não foram pagas? Houve seletividade?”, disse. O secretário negou as insinuações do vereador e informou que jamais existiu qualquer tipo de seletividade no repasse de recursos das emendas.
Após cerca de 4 horas de sessão, ficou estabelecido que os secretários teriam um prazo máximo 1 semana para esclarecer todos os questionamentos suscitados na sessão.
“Essa sessão manda um recado muito claro ao prefeito. De que precisa diálogo e conversa. Esse relacionamento precisa mudar”, disse o presidente da audiência, Gutemberg Araújo (PSC) ao fim da sessão.
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