SÃO LUÍS - O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que travaram na noite de domingo (16) o primeiro debate presidencial do segundo turno das eleições deste ano, comentaram os seus desempenhos no programa após o fim do embate direto.

Em entrevista logo após o encerramento, Lula destacou o formato do debate, e manteve o tom crítico a Bolsonaro.

"Eu acho que a forma que foi feito o debate é muito importante, que ela permite.mais flexibilidade. O problema é que o Bolsonaro continua mentindo as mesmas coisas. É Venezuela, é Nicarágua, é banheiro unissex. Todo mundo sabe que é mentira, mas ele continua afirmando, que é uma coisa que faz parte da cultura política dele", disse.

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Já nas redes sociais, o petista seguiu atacando o adversário.

"Não conseguimos discutir tudo que tinha pra se discutir hoje. Meu adversário é o cara que tem mais cara de pau pra contar inverdades. Quem aprovou a lei de liberdade religiosa fui eu. Quem defende a liberdade sou eu, muito mais do que ele, que é um ditadorzinho", comentou.

Bolsonaro manteve estratégia parecida. Nas redes, lançou alguns ataques ao ex-presidente, e, durante entrevista após o debate também centrou fogo no adversário.

"Eu acho que a opinião pública tomou conhecimento do que foi o governo dele [Lula], quais são as suas propostas, e, mais do que tudo, conheceu o seu caráter. É uma pessoa que realmente sonha em voltar à cena do crime. Não conseguirá isso. Comandou o maior esquema de corrupção da história da humanidade, é um dos responsáveis pelo nosso endividamento, é um dos responsáveis pela perda, em parte, dos valores familiares, que nós conseguimos recuperar, ou seja, uma pessoa que está bastante raivosa, que fala o tempo todo em perseguir quem o condenou no passado", declarou.

O debate foi organizado pela TV Bandeirantes, TV Cultura, portal UOL e jornal Folha de S.Paulo, e transmitido pela CNN, e durou uma hora e 40 minutos.

O programa foi marcado por troca de acusações entre os candidatos. Lula responsabilizou o atual governo por atrasos na compra de vacinas durante a pandemia de Covid-19. Já Bolsonaro acusou o petista de corrupção na Petrobras e cobrou quem seria o nome de seu possível ministro da economia.

Os candidatos também trataram de mudanças no Supremo Tribunal Federal (STF) e de crime organizado. Houve interação entre eles no palco e, em alguns momentos, contato físico entre ambos.

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