Pior renda

Roberto Rocha aponta miséria no Maranhão e ironiza Flávio ino

Senador apresentou quadro detalhado que mostra o estado com a menor renda per capita do país.

Ronaldo Rocha / ipolítica

Atualizada em 14/04/2022 às 10h09
Roberto Rocha criticou situação do Maranhão em relatório do IBGE
Roberto Rocha criticou situação do Maranhão em relatório do IBGE (Matheus Soares)

SÃO LUÍS - O senador Roberto Rocha (PTB) criticou o ex-governador Flávio Dino (PSB), com base em dados do IBGE, que apontam Maranhão como o estado de menor renda per capita do país.

O petebista publicou um quadro que integra relatório do instituto com dados detalhados sobre o cenário. 

Maranhão aparece com renda per capita de apenas R$ 676,00, a pior e mais baixa do Brasil.

Distrito Federal, com renda estimada em 2.475,00 é o primeiro colocado no ranking.

Em seu perfil em rede social, além de alerta para a situação, Roberto Rocha ironizou o ex-governador Flávio Dino, que deixou o comando do Palácio dos Leões no fim do mês de março.

“Maranhão, a pior renda per capita do Brasil segundo o IBGE de 2020. Kd vc [sic], camarada Flávio Dino?”, questionou.

O termo camarada é utilizado diariamente por membros do Partido Comunista do Brasil, o PCdoB, legenda de Dino nas eleições de 2014 e 2018, quando foi eleito e reeleito governador.

Mais pobre  

Coincidentemente, o senador Weverton Rocha (PDT) - preterido por Dino para a disputa do Governo -, também apontou o aumento da pobreza no Maranhão durante a gestão comunista.

O pedetista lembrou que um pouco antes de Dino assumir, eram seis os municípios maranhenses no rol dos 10 mais pobres do país. Esse número aumentou nos últimos dois anos. 

“Nós precisamos através de um grande programa de geração de emprego, enfrentar a pobreza do nosso estado. Há 10 anos das 10 cidades mais pobres do Brasil, seis eram do Maranhão. Hoje, oito são do Maranhão. Um estado que é rico, com o seu povo pobre é inaceitável e isso me inquieta”, disse.

Ele afirmou que uma das saídas para o estado é o investimento em gás natural.

“O Maranhão tem um potencial enorme e eu sou um entusiasta disso. Eu tenho certeza de que essa nossa vocação para o gás natural, e muitas pessoas não sabem disso, o Maranhão é o terceiro estado do Brasil que mais produz gás natural. Nós temos que enfrentar isso para que isso vire energia mais barata, porque energia mais barata é atração direta de uma indústria. O estado do Maranhão é o que tem o Porto do Itaqui, nós temos as condições concretas de fazer com que esse potencial, através de uma articulação, não só logística, mas também de potencial para fazer a distribuição dessa riqueza ocorra de forma descentralizada”, finaliza.

Extrema pobreza

Em 2021 o IBGE publicou relatório que aponta o aumento da miséria no Maranhão. De acordo com o documento, desde 2015, quando o ex-governador Flávio Dino assumiu o estado, pelo menos 400 mil famílias entraram na faixa da extrema pobreza.

Relatório da ONU também apontou o Maranhão como o estado de maior índice de miséria do país. O estudo mostra que de cada 10 pessoas, nove dependem exclusivamente do SUS para ter assistência à saúde.

O ex-governador Flávio Dino deixou o cargo no fim do mês de março para poder disputar uma vaga no Senado Federal no pleito do mês de outubro deste ano. 

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