SÃO LUÍS - Jornadas duplas como mães e profissionais, lidar com o machismo e desconfiança de suas capacidades são alguns dos obstáculos que as mulheres enfrentam no dia a dia. E o número de espinhos só aumenta à medida que elas ganham mais projeção.
Por isso, é tão importante ter exemplos de mulheres que, apesar de todos os obstáculos, conseguiram conquistar seus merecidos espaços.
O Imirante.com conversou com a policial militar Samantha Fernandes e a dubladora e atriz Silvia Goiabeira sobre as dificuldades de ser mulher nos dias atuais.
Policial e mulher
Com oito anos de corporação, a soldado da Polícia Militar do Maranhão Samantha Fernandes, fala dos desafios de ser uma profissional da lei no Estado do Maranhão. Além da sua profissão, Samantha é estudante do curso de nutrição, pratica musculação, tem aulas de dança e ainda consegue equilibrar a vida de dona de casa.
“Ser Mulher policial nos dias de hoje é cumprir um desafio diário. Exige coragem, determinação e além de tudo responsabilidade para com o outro, principalmente na atuação do serviço da Patrulha Maria da Penha, onde salvamos mulheres em situação de violência doméstica. Ser integrante dessa força é mais que uma honra, pra mim é uma missão de vida. E, como Mulher e cidadã acredito que cumpro meu papel perante a sociedade. A única contrapartida que peço é: Respeito acima tudo para que possamos Homens e Mulheres lutarmos por uma sociedade mais justa e igualitária” diz Samantha.
Mãe, dubladora e atriz
Filha de pais maranhenses, a atriz e dubladora Silvia Goiabeira está há mais de trinta anos no mercado artístico do país. Ela é dona da voz de personagens conhecidos como Alice no filme Resident Evil, Jasmine de Aladdin, e ela também é a dona da voz das atrizes Gwyneth Paltrow entre muitos outros personagens.
Silvia Goiabeira, que é mãe da jovem Luka, fala das dificuldades e do amor de ser mãe. “Ser mãe nos dias hoje é muito preocupante por causa da violência. A gente se preocupa com filho quando sai porque não se sabe se vai voltar bem. Isso preocupa. Além da responsabilidade do sustento dele. Mas acima de qualquer problema ser mãe é um amor incondicional. Um amor que nunca sentiu por mais ninguém. É muito forte”, diz Silvia.
Sobre a profissão de dublagem, a atriz fala das quase quatro décadas na área. “Eu tenho quase 32 anos de dublagem e quase quarenta anos de registro como atriz. Já tenho uma tempo de estrada”, explica a dubladora.
Ela acredita que as mulheres conseguiram um pequeno espaço, mas que ainda há muito machismo. “A gente tem uma certa liberdade. Aquelas que vieram antes de mim me proporcionaram essa liberdade, mas ainda existe muito machismo. Muitas mulher ainda sofrem em casa por conta de relações abusivas. Mas devemos continuar lutando pelos nossos direitos. A gente pode ter a liberdade de ser profissional e poder fazer coisas que no passado eram impedidas”, desabafa Silvia.
O Dia Internacional das Mulheres não é sobre excluir, é sobre somar. Não é sobre mulheres contra os homens, é sobre todas e todos, juntos, por um mundo melhor e verdadeiramente igualitário.
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