SÃO LUÍS - Em greve há três dias, os rodoviários de São Luís foram recebidos na manhã desta sexta-feira (18), pelo prefeito Eduardo Braide (Podemos).
O gestor saiu da Prefeitura para conversar com os manifestantes na Praça Pedro II e expor a posição do Município no caso.
"Eu estou com vocês", disse, em meio aos grevistas.
Segundo ele, a Prefeitura seguirá cobrando dos empresários do setor o cumprimento de um acordo firmado ainda no fim do ano passado, quando a gestão municipal comprometeu-se a pagar R$ 12 milhões de subsídio ao transporte da capital, como forma de garantir reajustes aos empregados - o valor já foi reajustado para R$ 20 milhões, com a prorrogação do benefício por mais dois meses.
Ele acrescentou que, com o apoio dos trabalhadores, tomará "todas as medidas necessárias para acabar com essa situação".
"Não há nenhum motivo para que os direitos trabalhistas de vocês não estejam sendo cumpridos. Contrato é para ser cumprido. Quando eu aceitei, ainda no ano passado, que o Município disponibilizasse um auxílio emergencial ao setor de transporte público, está lá na cláusula do acordo: esse valor todo tem que ser destinado para vocês, trabalhadores. E o que a gente vai fazer agora é cobrar o que a gente já tem feito: notificado as empresas por que que o acordo não está sendo cumprido, por que que o dinheiro que a Prefeitura está passando ao setor do sistema de transporte público não está chegando até vocês. E, agora, eu vou dizer: se tiver o apoio de vocês, se tiver junto com vocês, nós vamos tomar todas as medidas necessárias para acabar com essa situação", disse.
E acrescentou: "Não há motivo para falar de demissão de ninguém".
Reajuste - Em entrevista coletiva na tarde de quinta-feira (17), o secretário de Governo da capital, Enéas Fernandes, destacou que, com a intervenção da Prefeitura, o SET deveria ter garantido o reajuste salarial dos trabalhadores rodoviários no percentual de 5% e o reajuste dos valores de tíquete alimentação em 6%, resultando na assinatura do termo aditivo à Convenção de Trabalho de 2021.
Ainda com o auxílio, as concessionárias deveriam ter retornado à operação da frota no quantitativo operacional da Portaria nº 090 de 26 de julho de 2021, ou seja, 708 ônibus deveriam ter voltado às ruas; gradativamente, os veículos deveriam ter reativado o sistema de ar-condicionado desde de 01 de dezembro de 2021, além de ter empreendido outros esforços para melhoria do sistema, o que não ocorreu.
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